A pesquisa que mede o endividamento e a inadimplência dos consumidores de Palmas mostrou no mês de janeiro que 72,5% dos entrevistados disseram estar endividados. Percentual semelhante ao mês anterior, dezembro. Por outro lado, houve queda no total de inadimplentes ( -0.9%) e dos que dizem não ter condições de quitar suas dívidas (0,3%). A pesquisa é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins.
Para o presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, os dados demonstram que os consumidores estão mais atentos as suas dívidas. “Essa queda demonstra que as pessoas têm pensado melhor ao contrair uma dívida, ou que estão tendo mais equilíbrio com a sua renda familiar, atrasando menos as contas e conseguindo quitá-las, já que apenas 1,1% disseram não conseguir quitar suas dívidas”.
Entre os dados colhidos na pesquisa estão também os principais tipos de dívidas que são: cartão de crédito (80,7%), financiamento de carro (22,5%) e financiamento de casa (17,1%). Porém, dentre os endividados, 64,5% consideram-se pouco endividados.
A maioria, ou seja, 43,8% disseram que o tempo de atraso do pagamento da dívida fica em torno de 30 a 90 dias, sendo a média geral, 49,1 dias. Já sobre a quantidade de tempo em que a dívida foi adquirida, 42,8% apresentaram dívidas por mais de 1 ano, ficando a média em 7,8 meses. Por fim, 74% dos entrevistados comprometem sua renda familiar com dívidas entre 11% e 50%, de forma que a média desse comprometimento fica em 33,2%.
A nível nacional, a pesquisa aponta que o percentual de brasileiros com dívidas atingiu patamar de 66,5% em janeiro de 2021, um aumento de 0,2% em relação ao mês anterior e de 1,2% na comparação com janeiro de 2020. Trata-se do segundo aumento seguido do indicador. Em dezembro passado, a CNC havia apurado o primeiro aumento desde agosto. O presidente da entidade, José Roberto Tadros, explica que, apesar da alta, o cenário, a princípio, não é negativo, principalmente em função dos impactos da pandemia. “Temíamos uma escalada do número de inadimplentes no País. O auxílio emergencial ajudou a evitar o pior cenário, e a economia soube se reinventar na medida do possível. Mas este ano vai ser chave para observarmos o comportamento do crédito e da inadimplência”, avalia o presidente da CNC.