Na COP 28, governador Wanderlei Barbosa assina compromisso para zerar emissões no Tocantins até 2050

O Governo do Tocantins deu mais uma importante demonstração perante o mundo de seu compromisso com o enfrentamento da crise climática. Neste domingo, 3, o governador Wanderlei Barbosa assinou o Memorando de Entendimento (MoU) com a Coalizão Under2 se comprometendo a zerar as emissões de gases efeito estufa (GEE) no Tocantins até o ano de 2050. A assinatura aconteceu durante a Assembleia Geral dos Membros Under2, paralelamente à programação da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes.

 

A adesão do Tocantins significa que o Estado se compromete a realizar iniciativas para que a quantidade de emissões de todos os setores (indústria, agropecuária, transporte e outros) seja zerada por meio do plantio de árvores, do reflorestamento e da manutenção de áreas conservadas, ações já realizadas pelo Governo do Estado, além da adoção de novas tecnologias, políticas, mecanismos de financiamento e incentivos econômicos que auxiliem na redução das emissões.

 

“Nós assinamos mais este importante tratado, rubricado por mais de 200 Estados, empenhados em evitar que as temperaturas do planeta aumentem ainda mais, combatendo as queimadas e a degradação, por exemplo, o que já fazemos no Tocantins”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa.

 

“Nós já temos visto os efeitos danosos da mudança do clima em várias regiões do Brasil. No Tocantins, nos últimos dias, tivemos tempestades que não são comuns, que deixaram estragos nas cidades. São situações que chamam a atenção do mundo para que todos se preocupem com a questão climática”, destacou o governador, citando a recente assinatura do Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero, firmado entre o Governo do Tocantins e o setor produtivo.

 

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, que integra a comitiva do Tocantins em Dubai, comentou o que representa a assinatura. “Esse compromisso soma a todos os esforços que o Tocantins tem empenhado, como o Programa Jurisdicional de REDD+, para se consolidar como protagonista das políticas de mudanças climáticas”, afirmou.

 

A Coalizão Under2 congrega 277 Estados subnacionais em todo o mundo e o Tocantins é membro desde 2015. A superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Marli Santos, explicou que a Coalizão busca, por meio do compromisso de emissões líquidas zero de seus membros, evitar que a temperatura do planeta ultrapasse mais do que 2º C em média.”Se tivermos uma temperatura acima de 2º C nós entraremos numa panela de pressão. Isso significa que teremos eventos extremos como tempestades tropicais, furacões, secas prolongadas e enchentes, o que traria um prejuízo enorme para a vida humana, para a biodiversidade e para a infraestrutura do planeta”, pontuou.

 

Aquecimento global

 

O aquecimento global é o aumento da temperatura média da camada de ar próxima à superfície da Terra e dos oceanos. Esta elevação na temperatura pode ser causada por atividades humanas e causas naturais, sendo provocada pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. A queima de combustíveis fósseis para a geração de energia, a atividade industrial, o desmatamento e as queimadas ilegais são algumas das atividades provocadas pelo homem que contribuem para o aumento das emissões.

 

COP-28

 

Realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, a COP-28 reúne as principais lideranças globais, além de pesquisadores, financiadores e influenciadores de todo o mundo para discutir formas de mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a transição climática, a preservação de florestas e da biodiversidade, além do desenvolvimento da agricultura sustentável e da descarbonização da atividade econômica.

 

As discussões em nível global envolvem a responsabilidade compartilhada por todos, especialmente as nações mais desenvolvidas, para que realizem financiamentos nas regiões detentoras de territórios com florestas preservadas, garantindo a manutenção das mesmas e a integridade de populações que vivem nessas áreas, e que prestam importantes serviços ambientais para a humanidade e são diretamente impactadas pelos resultados da crise climática.