Morre o ex-jogador e ídolo mundial Diego Maradona, aos 60 anos

Morreu nesta 4ª feira (25.nov.2020) o ex-jogador argentino e ídolo mundial Diego Armando Maradona, aos 60 anos. Deixou 5 filhos: Dalma, Gianinna, Jana, Diego e Diego Fernando.

Segundo o jornal argentino ClarínMaradona sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, onde estava se recuperando de uma cirurgia.

O ex-jogador foi operado para drenar uma hemorragia no cérebro em 3 de novembro. O médico pessoal de Maradona, Leopoldo Luque, havia afirmado à época que o procedimento era simples, mas havia preocupação devido à condição de saúde do ex-jogador.

O ídolo argentino recebeu alta da clínica de Olivos, onde estava internado, em Buenos Aires, em 12 de novembro.

O governo da Argentina declarou luto oficial de 3 dias após a morte de “El Pibe”, como era conhecido o ex-jogador.

Diego Armando Maradona nasceu em 30 de outubro de 1960, em Lanús, na província de Buenos Aires, e era técnico Gimnasia y Esgrima.

Viveu a infância em Villa Fiorito, 1 bairro muito pobre da periferia de Buenos Aires.

Apontado como 1 dos maiores jogadores da história do futebol mundial, ao lado do brasileiro Pelé, o craque argentino começou a sua carreira aos 15 anos no Argentinos Juniors, clube onde foi revelado e atuou de 1976 a 1981.

Logo depois, jogou 1 ano no Boca Juniors e se transferiu para o Barcelona, onde jogou de 1982 a 1984. A sua transferência para o clube espanhol foi a mais cara do futebol até então: US$ 8 milhões (US$ 21,5 milhões, em valores corrigidos).

De lá, foi para o Napoli, na Itália, onde ganhou uma Liga Europa, 2 Campeonatos Italianos, uma Copa e uma Supercopa da Itália. Atuou no time até 1994, quando foi para o Boca Juniors (1995-2001).

A 1ª Copa do Mundo de Maradona foi em 1982. Titular da Argentina na Espanha, ele disputou 5 jogos e foi expulso no duelo contra o Brasil. A seleção brasileira, comandada por Telê Santana, venceu por 3 a 1 e eliminou o rival.

Campeão mundial na Copa de 1986, Maradona ficou eternizado pelos gols que marcou contra a seleção da Inglaterra nas quartas-de-final do torneio. Em 1 deles, recebe a bola antes do meio do campo e dribla 5 jogadores até marcar. O gol é considerado por muitos o mais bonito da história das Copas do Mundo. O outro, feito com a mão, ficou mundialmente conhecido como “a mão de Deus”.

“Muitas vezes me dizem: você é Deus. E eu respondo: vocês estão equivocados. Deus é Deus. Eu sou simplesmente 1 jogador de futebol”, afirmou o argentino em 1991.

O último jogo profissional do maior ídolo do futebol argentino foi em 25 de outubro de 1997, pelo Boca Juniors –5 dias antes de seu 37º aniversário. Ele encerrou a carreira oficialmente em uma despedida memorável no estádio La Bombonera, em 2001. Em 21 anos atuando como jogador de futebol, disputou 676 partidas e marcou 345 gols, entre seleção e clubes.

Apesar de deixar os gramados, voltou ao futebol como treinador, função que já havia tentado, sem sucesso, no Mandiyú (1994) e Racing (1995).

Comandou a seleção da Argentina de 2008 a 2010, inclusive na Copa do Mundo da África do Sul. Depois foi técnico do Al Wasl (2011-2012) dos Emirados Árabes, do Al Fujairah (2017-2018) e seguiu para o México, onde esteve à frente do Los Dorados de Sinaloa (2018). Operado nos joelhos e fazendo uso de uma bengala, assumiu em 2019 em seu país o comando do Gimnasia y Esgrima La Plata.

Maradona também foi 1 apresentador de televisão de sucesso na Argentina. Em 2005, depois de passar por uma cirurgia bariátrica, que o fez perder 50 quilos, comandou o talk show La noche del 10, onde recebeu e entrevistou figuras de todo o mundo, como o Pelé, a apresentadora Xuxa, o boxeador norte-americano Mike Tyson e pelo líder cubano Fidel Castro.

VÍCIO EM DROGAS

Diego Maradona por muito tempo enfrentou o vício em cocaína. Em março de 1991, teve sua trajetória no futebol interrompida, quando foi suspenso por 15 meses após exame antidoping constatar o uso da droga.

Pouco tempo depois, o ídolo argentino foi preso por porte e consumo de cocaína em Buenos Aires. Ficou uma noite detido, pagou fiança de US$ 20 mil e foi liberado.

Depois, em 1992 voltou aos gramados atuando pelo Sevilla, onde ficou até 1993. De de lá retornou à Argentina para uma breve passagem pelo Newell’s Old Boys.

Em 2000, o argentino sofreu 1 ataque cardíaco devido a uma overdose no resort uruguaio de Punta del Este. Teve de passar por 1 longo tratamento, com idas e vindas a Havana, longe das câmeras. Em sua despedida, em 2001, comentou sobre o vício: “Errei e paguei, mas o que fiz em campo não se apagou”.

Em 2004, teve outra crise cardíaca e respiratória que o deixou à beira da morte. Os excessos no consumo de álcool o levaram a uma nova hospitalização, mas por hepatite, em 2007. Foi internado em 1 hospital psiquiátrico, mas teve alta pouco tempo depois.

ADORADO NA ÍTALIA

A cidade de Nápoles, na Itália, tem diversas pinturas e homenagens a Diego Maradona. O argentino é cultuado na cidade porque jogou no time local, o Napoli, de 1984 a 1991. Ídolo, foi o principal responsável pelos 2 títulos nacional do até então pouco expressivo clube na Itália.

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