Lombadas substituirão tachões nas ruas de Araguaína

Os tachões de ruas e avenidas de Araguaína, popularmente conhecidos como “tartagurinhas”, estão sendo retirados para darem lugar a lombadas. Com a ação, a Agência de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT) pretende diminuir os riscos de acidentes e atender as normas de acessibilidade. Além disso, a alteração cumpre uma determinação do Ministério Público que é cobrada em várias cidades brasileiras.
 
O presidente da ASTT, Fábio Astolfi, explica que os tachões também não estavam promovendo reduções de velocidade. “Devido às retiradas recorrentes de alguns blocos em vários pontos, os condutores passam sem precisar reduzir a velocidade, o que pode iludir quem estiver cruzando a via e ocasionar acidentes”.
 
Ao todo, 63 pontos da cidade terão a retirada dos tachões, entre eles as ruas Flor de Liz, Alfredo Nasser e das Mangueiras, e também avenidas Filadélfia, Castelo Branco e Campos Elísios. As lombadas serão gradativamente instaladas e não necessariamente no local onde havia os tachões, já que o Departamento de Engenharia da ASTT tem um novo estudo sobre redução de velocidade nas vias.
 
A Prefeitura segue determinação do 12ª Promotoria de Justiça de Araguaína. De acordo com a Resolução 336/2009 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), é proibido o uso de tachas e tachões como redutores de velocidade e sonorizadores. Os tachões são utilizados apenas em sinalização rodoviária para divisão do fluxo de sentidos opostos e para o balizamento de interferências na pista.
 
Trabalho preventivo
Desde 2015, internações e mortes em hospitais ocorridas por acidentes de trânsito, em Araguaína, apresentam queda progressiva e, em 2019, já caíram pela metade. A diminuição iniciou no ano em que a Prefeitura de Araguaína criou a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AMTT), para atuar no tripé: fiscalização, engenharia e educação. A informação é do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), com dados consolidados de janeiro a outubro.
 
A redução contribuiu para a desocupação dos hospitais. No comparativo, foram 10 anos a menos nos leitos pagos com dinheiro público, totalizando menos 3.528 dias de permanência dos acidentados nos leitos. Em número totais, eram 9.047 e agora são 5.519 dias de permanência, por ano, incluindo ocupações na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

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