A candidata a prefeita de Palmas, Janad Valcari (PL), voltou a defender nesta quinta-feira, 10, a sincronização da saúde, isto é, a articulação entre os diversos serviços de saúde do município, e criticou seus adversários, que “tiveram a oportunidade de fazer, mas não fizeram”. As propostas e críticas foram feitas durante entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Jovem Palmas (Record).
“A nossa saúde está na UTI, mas nós vamos tirá-la de lá. Para isso, teremos mais médicos, remédios, postinhos de qualidade, um hospital na região sul e uma UPA [Unidade de Pronto Atendimento] na região norte, de fato, já que a atual está no centro. Eles tiveram a oportunidade de fazer e não fizeram. Eu vou fazer, porque tenho apoio político – do governador, senadores, deputados federais e estaduais – para colocarmos nossos projetos em prática”, disse.
A descentralização da saúde de Palmas foi uma das bandeiras de Janad no primeiro turno das eleições, e será também na disputa do segundo turno, como demonstrou no programa da Record. Além das entrevistas, o tema será debatido com a população, sobretudo das regiões norte e sul da capital.
Transparência
Questionada sobre o tema “transparência”, Janad garantiu que em sua gestão os palmeneses terão um canal direto com seu gabinete, por meio de uma Ouvidoria, para apresentar reclamações, denúncias e sugestões de melhorias em todas as áreas. “Eu fiz isso quando fui presidente da Câmara Municipal e farei na prefeitura”, disse, destacando a desburocratização de processos no Legislativo municipal implementada por ela.
Isenção
A respeito de sua “isenção política” à frente do Paço Municipal, Janad disse que vai governar para todos, com ênfase para os mais humildes, já que veio de baixo, e não herdou sobrenome de político. Para diminuir as desigualdades, explicou, as pessoas precisam de oportunidades, o que será garantido pela geração de empregos.
A republicana lembrou também que sempre foi dura com a atual gestão de Palmas porque nunca foi recebida nem respeitada por ela, nem como vereadora nem como deputada estadual. Ao contrário do Paço Municipal, o tratamento do Governo do Estado, não só com ela, mas com todos os deputados estaduais, sempre foi respeitoso. “Os dois gestores são diferentes, eu nunca mudei”.
Denúncias
Ao ser questionada sobre operação da Polícia Federal no âmbito do Executivo estadual, a candidata lembrou que até que se prove o contrário todos são inocentes. Mas que não concorda com “coisas erradas”, e que confia na isenção da Justiça e dos órgãos de controle.
A respeito de emendas parlamentares, Janad informou que as destina aos municípios, e que cabe aos prefeitos onde investi-las. No caso de Palmas, ela destinou mais de R$ 1 milhão, que não foram investidos pela atual gestão.
Imprensa
Ao contrário do que foi divulgado no primeiro turno, disse Janad, ela nunca censurou a imprensa. O motivo de ter processado um blog noticioso foi porque o veículo não lhe garantiu o direito constitucional de resposta. “Qualquer um que não tiver direito de resposta, pode questionar na Justiça. Foi o que eu fiz, mas não me concederam, nem mesmo após decisão judicial. Foi por isso que a Justiça determinou a suspensão do referido blog, não fui eu quem pediu”.
Transporte público
“Eu andei de ônibus, conheço essa realidade, que ficou pior”, criticou a deputada, ao se referir ao transporte público de Palmas. Ela acrescentou ainda que em sua gestão, a frota de ônibus será renovada, terá ar condicionado, horários definidos e fiscalização. “Vamos trazer concorrência, com linhas inteligentes e melhores estações, para que as pessoas não precisem madrugar, e ainda assim chegar atrasadas no seu destino”.
Infraestrutura
Em termos de infraestrutura, a candidata liberal reafirmou seu compromisso de fazer de Palmas “uma só cidade”, isto é, que os bairros mais distantes – das regiões norte e sul – tenham as mesmas condições do centro da cidade. Para isso, fará a regularização fundiária, necessária à aplicação dos recursos públicos.
Paridade
As perguntas para Janad foram consideradas “duras”, mas ela respondeu a todas. Em suas considerações finais, disse esperar que o mesmo tratamento seja dado pela emissora ao seu adversário, por uma questão de “paridade”.