Pesquisa PoderData indica que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) venceria o ex-ministro Fernando Haddad (PT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em eventual disputa em 2º turno na eleição presidencial de 2022. Empataria com o ex-ministro Sergio Moro (sem partido). Ambos têm 41% das intenções de voto.
O levantamento mostra que Moro só empata com Bolsonaro na simulação de 2º turno porque 62% dos votos de Haddad vão para o ex-ministro. O ex-juiz federal, como se sabe, foi o maior algoz do PT na Lava Jato. Agora, os petistas preferem até mesmo o lavajatismo para evitar Bolsonaro.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. Os dados foram coletados de 3 a 5 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
O levantamento também mostra a estratificação dos votos de 1 possível 2º turno entre Bolsonaro e Moro. Mais mulheres preferem Moro (45%) e homens, Bolsonaro (53%). Além de ter perdido apoio da elite brasileira, o presidente fica atrás em outro grupo que lhe foi fiel em 2018: os que têm 60 anos ou mais (32%).
Considerando as regiões, o Sul e o Nordeste são os locais mais bolsonaristas, com 49% e 43% das intenções de voto, respectivamente. Moro venceria no restante do país.
Os dados mostram ainda que o presidente é o preferido de quem tem ensino médio (45%), pelos sem renda fixa (44%) e daqueles que recebem de 5 a 10 salários mínimos. Já Moro é a escolha de quem tem ensino fundamental (42%) e também de quem cursou o ensino superior (50%).
Quanto à renda, o apoio ao ex-ministro é maior entre ricos (65%) e também entre quem recebe até 2 salários mínimos (44%).
BOLSONARO X HADDAD
Em outro cenário, entre o presidente e o petista, o PoderData indica que Fernando Haddad seria novamente derrotado por Bolsonaro no 2º turno.
Em 2018, o militar venceu Haddad com 55,13% dos votos válidos e foi eleito o 38º presidente da República. No fim da disputa, o petista teve apoio de 44,87% dos eleitores.
A estratificação deste cenário indica que, em uma disputa com Haddad, Bolsonaro tem mais apoio entre:
- homens (56%);
- todas as faixas etárias;
- os que têm ensino médio (52%);
- moradores do Sudeste (43%), do Sul (47%) e do Norte (46%);
- entre os mais pobres (43%), os que recebem de 2 a 5 salários mínimos (47%) e os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (58%).
O petista tem mais apoio entre:
- mulheres (40%);
- os mais escolarizados (46%);
- nordestinos (39%);
- os que recebem até 2 salários mínimos (39%) e os mais ricos (54%).
Bolsonaro e Haddad aparecem empatados entre quem possui nível de instrução até o fundamental (35% cada) e na região Centro-Oeste (44% cada).