O caso do homem morto no Carrefour de Passo D’Areia, em Porto Alegre, João Alberto Silveira Freitas, levou o presidente do Carrefour no Brasil, Noel Prioux a publicar um vídeo pedindo desculpas pelo que chamou de “uma tragédia de dimensões incalculáveis”.
“Antes de tudo, meus sentimentos à família de João Alberto e meu pedido de desculpas aos nossos clientes, à sociedade e aos nossos colaboradores”, disse Prioux.
O presidente da varejista no Brasil afirmou que se uma crise como essa acontece com a empresa é porque ela tem a responsabilidade de mudar isso na sociedade. Por isso, o Carrefour assumiu compromisso público de combate ao racismo estrutural. “Comunicaremos nos próximos dias todas as nossas iniciativas e o comitê dedicado exclusivamente a esta causa”, disse Prioux.
O vídeo também tem a participação de João Senise, vice-presidente de recursos humanos do Carrefour Brasil, para ressaltar que o que aconteceu com João Alberto não tem a ver com os valores da empresa. Segundo o executivo, 57% dos colaboradores da companhia são negras e negros, e mais de um terço dos gestores se declaram pretos ou pardos. Senise, no entanto, afirma que a companhia está consciente da necessidade de ampliar seus esforços de diversidade.
Em decisão posterior a morte de João Alberto, o Carrefour Brasil informou no sábado que as vendas de 20 de novembro serão doadas para entidades ligadas à luta pela consciência negra.
Segundo o delegado Leandro Bodoia, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, a reação violenta dos seguranças do Carrefour teria ocorrido após um desentendimento entre a vítima e funcionários da loja.