Ao ver o fortalecimento da oposição que no final da semana passada anunciou a fusão de das chapas Ordem na Casa e OAB de Respeito, o presidente-candidato à reeleição na disputa da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins), Gedeon Pitaluga Júnior, volta a atacar os adversários com afirmações falsas. Ele segue atribuindo aos oponentes a pecha de terem ligações com políticos, mas, na verdade, é Gedeon Pitaluga que sempre teve laços estreitos e diretos com políticos e a política partidária, representando a politicagem na eleição classista.
O candidato à reeleição é genro do ex-deputado federal César Halum (Republicanos), secretário no Ministério da Agricultura; cunhado do deputado estadual Ricardo Ayres (PSB); tem o apoio de vários secretários estaduais; sua esposa trabalha na Junta de Julgamento Tributários; é compadre do desembargador afastado Ronaldo Eurípides; tem o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) como padrinho de casamento e, há duas semanas, foi denunciado criminalmente sob a acusação de distribuir propina para o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) em investigação sobre a venda de sentenças.
“Enquanto o presidente Gedeon faz afirmações aleatórias e infundadas, próprias de político em palanque eleitoral, nós apontamos especificadamente seus vínculos, suas relações políticas convencionais, enquanto a grande mídia se encarrega de noticiar as suspeitas de suas relações espúrias”, ressalta o advogado Pedro Biazotto, ex-conselheiro Federal da OAB e apoiador da chapa liderada pela advogada Ester Nogueira.
Biazotto afirma que o ataque aos adversários é um claro sinal de desespero de Gedeon. “Ele viu que a oposição se fortalece a cada dia e que sua continuidade no cargo está ameaçada”, frisa o advogado.
Por sua vez, Ester Nogueira destaca que o momento é de união total para que a OAB possa recuperar a credibilidade. “Nós precisamos voltar a ser respeitados no mundo jurídico e na sociedade. Hoje, infelizmente por causa dos graves problemas pessoais do presidente, os advogados e as advogadas estão sendo vistos com desconfiança”, pontua Ester.
Além de denunciado criminalmente pela PGR (Procuradoria Geral da República) por corrupção e lavagem de dinheiro em processo que tramita no STJ (Superior Tribunal de justiça), Gedeon foi condenado por estelionato na Justiça Federal do Tocantins sob a acusação de usar documentos falsos para ter acesso à fortuna de uma idosa que não tinha herdeiros.