Focos de incêndios florestais aumentam em Palmas e Defesa Civil Estadual destaca que população tem papel central na solução do problema

OS focos de incêndios florestais vem ganhando proporções cada vez maiores, destruindo matas nativas, parques, pastagens, áreas verdes e estruturas na zona rural. A Defesa Civil Estadual coordena as ações de combate, por meio do Comitê do Fogo, onde atuam o Corpo de Bombeiros Militar e demais parceiros. Contudo, o órgão afirma que cabe à população colaborar com a extinção, ao não iniciar o fogo.

“A população é o ponto central desse sistema. O Corpo de Bombeiros Militar, as Brigadas Municipais, as Brigadas do Naturatins e as Federais do Prevfogo/IBAMA e ICMBio, fazem a parte de atendimento de emergência, mas a quantidade de focos depende diretamente da ação humana no início dos incêndios florestais”, afirmou o tenente-coronel Erisvaldo Alves, coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual.

O tenente-coronel assegurou que existe o sistema de resposta, com pronto-atendimento às chamadas, mas alertou que “se aparecerem vários focos ao mesmo tempo na área urbana, fica difícil para qualquer Corpo de Bombeiros Militar do país atender tudo. A gente pede a colaboração da população nesse período, para que o fogo seja evitado ao máximo”.

Também, segundo o coordenador-adjunto, é preciso levar em conta o clima deste período, que facilita a rápida propagação dos incêndios florestais. “Nesses dias, com esses ventos fortes, qualquer incêndio que se iniciar para limpar quintal ou renovar pasto, a chance de ficar fora de controle é muito grande. E isso está proibido por lei”, assegurou.

“A fumaça faz mal à saúde e é necessário que todos tenhamos consciência de que temos papel central no processo, que é não iniciar o incêndio florestal”, completou Alves.

Destruição

Entre domingo, 30 de agosto, e esta quinta-feira, 03 de setembro, dezenas de focos foram observado dentro de Palmas e na zona rural. Muitos deles combatidos e outros ainda estão com diversas equipes fazendo a extinção, reunindo Corpo de Bombeiros Militar, Naturatins, Ciopaer e IBAMA, esses dois últimos, com um helicóptero cada.

Segundo um levantamento do Sistema Integrado de Operações do CBMTO (SIOP), ao longo de 2020, a corporação registrou 1.037 atendimentos para combate a incêndios florestais em todo o Estado. Em agosto, foram 443 registros e em setembro, até esta quinta-feira, 64 solicitações.

Os maiores incêndios estão na Serra do Lajeado, nas proximidades da sede do Parque Estadual do Lajeado, entre as TO-020 e TO-030, onde as equipes do 1º Batalhão de Bombeiros Militar e brigadistas do Naturatins estão combatendo. “Os fortes ventos dos últimos dias têm dificultado o combate”, reconhece o tenente-coronel Alves.

Nas proximidades de Taquarussu, nesta quarta-feira, 02, pastagens, cercas, plantações e matas foram destruídas pelo fogo. Moradores se juntaram aos bombeiros na tentativa de combater as chamas e amenizar os estragos.

No mesmo instante, no centro de Palmas, outras equipes atuavam para extinguir o fogo entre as quadras 601 Sul e 607 Sul.

“Enquanto não houver consciência e respeito de algumas pessoas, nós vamos continuar apagando os incêndios florestais, e por outro lado, muitos estarão calculando e chorando os prejuízos causados”, lamentou o tenente-coronel Alves.

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