A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) passa a divulgar, mensalmente, uma análise do mercado de carnes, no AgroConab, boletim que, até então, tratava somente do mercado de grãos.
Um dos destaques são as proteínas suínas que estão com forte foco no mercado externo. Os preços no mercado interno estão em queda nos últimos meses, típico do período atual em que a demanda interna diminui.
Por outro lado as exportações continuam bem aquecidas, com a forte demanda chinesa, que aumentou em 40% o volume neste primeiro quadrimestre de 2021, comparado ao mesmo período de 2020. Chile, Argentina e Filipinas também aumentaram expressivamente suas importações, indicando que as vendas para o mercado externo cheguem a 100 mil toneladas no mês.
O volume exportado pelo Brasil, neste primeiro quadrimestre, já é 25% acima daquele de 2020 e as prévias para maio de 2021 apontam para volumes similares para o mesmo mês de 2020, indicando exportações da ordem de 100 mil toneladas no mês. Além disso, o preço em dólar é 27% superior ao mesmo período de 2020. Embora o Brasil importe pequena quantidade de carne suína, neste primeiro quadrimestre esse volume é 53% superior ao de 2020. Grande parte dessas importações vieram da China.
A disponibilidade interna de carne suína tende a se manter estável, na casa dos 15kg por habitante/ ano, o que indica adaptabilidade da cadeia de suinocultura brasileira para o abastecimento regular do mercado interno (destino de 75% da produção total). O aumento de produção deverá ser destinado ao mercado externo, sendo o principal importador a China.
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