Nos últimos anos, as manchetes das notícias sobre tecnologia têm sido dominadas pela palavra “fintech”. De grandes captações realizadas por fundos ao aumento de clientes, lançamentos de produtos e agitação financeira – novos disruptores por meio das fintechs estão por toda parte em serviços bancários ao consumidor, crédito, pagamentos, investimentos e criptomoedas.
Com tudo isso, a impressão é de que há bons motivos para pensar que se atingiu o pico desse movimento das fintechs. Mas essa não é a realidade. Hoje, as indústrias onde a maioria das fintechs está focada representam apenas uma fração do mercado global de serviços financeiros de US$ 23 trilhões (R$ 120,2 trilhões na cotação atual). Produtos como Cash App, Robinhood e Chime (empresas de serviços financeiros) abordam mercados que são intuitivos para os consumidores comuns, mas esses consumidores representam apenas a ponta do iceberg.
A próxima onda das fintechs se concentrará em melhorar os mercados menos conhecidos e menos “excitantes”, mas fundamentais para a economia global – e um dos maiores mercados preparados para a disrupção é o financiamento agrícola. O ano de 2022 viu um aumento silencioso, mas constante, de produtos fintech sendo construídos para a grande indústria agropecuária, e eles estão apenas começando.
Mas a pergunta é: por que trocar um tipo de financiamento até agora feito na agropecuária por outro que está começando? Pelas duas melhores razões que a tecnologia pode responder: o tamanho do mercado e as limitações dos provedores dos atuais serviços disponíveis a esse mercado.