Para organizar e fortalecer a cadeia produtiva de peixes no Tocantins, a Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea) e instituições parcerias estão realizando uma série de visitas aos municípios do Estado. Nesta sexta-feira, 4, foi a vez da cidade de Filadélfia receber a ação “Na Trilha da Piscicultura”, a convite do Prefeitura Municipal, que pretende implantar um projeto de criação de peixes em tanques-rede.
A iniciativa do Governo do Tocantins visa articular os componentes do setor produtivo, desde a instalação de estruturas para a produção, incentivos fiscais, viabilização do selo de inspeção sanitária, construção de pequenas indústrias para abate e processamento, até o apoio na distribuição e comercialização da produção.
Para que isso seja possível, a Sepea trabalhará juntamente com as instituições: Embrapa Pesca e Aquicultura, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/TO), Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em Filadélfia, representantes dessas instituições estiveram reunidos com piscicultores, gestores municipais, vereadores, pescadores artesanais e demais interessados. Na ocasião, ocorreram explanações sobre como cada órgão atuará nos projetos dos municípios.
O diretor de desenvolvimento da pesca da Sepea, Dyego Santana, afirmou que uma das missões da secretaria é transformar em realidade o potencial que o Estado possui para a piscicultura. “Nosso desafio é fechar todos os elos da cadeia, desde a produção de alevinos até a comercialização nos mercados. Estamos assumindo um compromisso de entregar para cada prefeitura interessada um plano de desenvolvimento municipal da piscicultura”, disse.
A secretária da Pesca e Aquicultura, Miyuki Hyashida, enfatizou o aspecto da sustentabilidade, lembrando que o mundo está em busca de produtos que não agridam a natureza e que envolvam ribeirinhos, mulheres, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais em seus modos de produção. “Estamos no lugar certo e na hora certa, pois temos um governador com visão de futuro, que está dando condições para que coloquemos a piscicultura em posição de destaque no nosso Estado”, finalizou.
Histórico do projeto de Filadélfia
Há aproximadamente 10 anos, o empresário e ex-prefeito de Filadélfia, Pedro Iran do Espírito Santo, iniciou um projeto de criação de peixes em tranques-rede no lago da Usina Hidrelétrica de Estreito, em uma área de sua propriedade. Devido a uma série de trâmites legais relacionados à cessão de uso das águas e licenças ambientais, o empreendimento ainda não foi concretizado.
O empresário decidiu transferir o projeto para a Prefeitura Municipal, que repassará a gestão e operação para uma cooperativa de piscicultores, mantendo-se como apoiadora. A previsão é que sejam instalados 277 tanques-rede, com capacidade para produzir aproximadamente 777 toneladas por ano, podendo ser ampliada.