O mercado brasileiro de carne suína registrou um cenário de recuperação nos preços tanto do quilo vivo quanto dos cortes negociados no atacado ao longo de novembro. “O destaque negativo foi o desempenho das exportações, que arrefeceram e devem atingir em torno de 80 mil toneladas considerando o somatório dos produtos industrializados embarcados”, avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 158,490 milhões em novembro (19 dias úteis), com média diária de US$ 8,341 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 70,245 mil toneladas, com média diária de 3,697 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.256,20.
Em relação a novembro de 2020, houve baixa de 11,51% no valor médio diário da exportação, recuo de 2,94% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 8,84% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
No que tange ao cenário doméstico, segundo Maia, em grande parte de novembro houve bom fluxo de negócios entre o atacado e o varejo, levando os frigoríficos a atuarem de maneira ativa na compra de suínos, em razão da formação de estoques para os preparativos das festividades de fim de ano. “Contudo, perto do fechamento de novembro, o ambiente de negócios se mostrou mais acirrado, com frigoríficos mais reticentes quanto a preços e com estoques relativamente confortáveis”, avalia.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 9,38% ao longo do mês, passando de R$ 5,93 para R$ 6,49. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 3,94%, de R$ 10,89 para R$ 11,31. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 10,33, alta de 11,32% frente ao registrado no encerramento de outubro, de R$ 9,28.
A expectativa para a demanda é positiva neste mês de dezembro, com famílias capitalizadas, devido à entrada da massa salarial e do décimo terceiro salário, bem como pelas festividades de fim de ano. Maia alerta, contudo, que a reposição entre o atacado e o varejo, assim como a comercialização do quilo vivo tendem a perder força a partir da segunda quinzena de dezembro, com os estoques para o fechamento de 2021 já posicionados.
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo avançou de R$ 119,00 para R$ 150,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo subiu de R$ 5,65 para R$ 5,70. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 5,85 para R$ 6,60.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração baixou de R$ 5,80 para R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 5,95 para R$ 6,70. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,10 para R$ 6,65 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo mudou de R$ 5,65 para R$ 5,70.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande subiu de R$ 5,50 para R$ 6,00, enquanto na integração o preço baixou de R$ 5,60 para R$ 5,50. Em Goiânia, o preço passou de R$ 6,20 para R$ 7,30. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 6,40 para R$ 7,50. No mercado independente mineiro, o preço mudou de R$ 6,50 para R$ 7,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 5,60 para R$ 5,95. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60.