EUA aprova remdesivir como tratamento para coronavírus

A Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, aprovou nesta quinta-feira o remdesivir, medicamento antiviral da Gilead Sciences, como tratamento para o coronavírus, segundo informações da CNBC. O remdesivir foi um dos remédios utilizados para tratar o presidente americano, Donald Trump, após sua infecção pelo coronavírus.

Em maio, o FDA concedeu uma autorização em caráter emergencial ao medicamento, permitindo que hospitais e médicos usassem o remédio em pacientes hospitalizados diagnosticados com covid-19, mesmo que o medicamento não tivesse sido formalmente aprovado pela agência reguladora. O remédio intravenoso ajudou a reduzir o tempo de recuperação de alguns pacientes com covid-19 hospitalizados.

O medicamento será usado em pacientes com covid-19 que necessitem de hospitalização, afirmou a farmacêutica Gilead. O remdesivir é agora o primeiro e único tratamento totalmente aprovado nos Estados Unidos para covid-19, que infectou mais de 41,3 milhões e matou mais de 1 milhão, de acordo com dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins.

“Desde o início da pandemia, a Gilead tem trabalhado incansavelmente para ajudar a encontrar soluções para esta crise de saúde global”, disse o CEO da Gilead, Daniel O’Day, em um comunicado oficial. “É incrível estar na posição hoje, menos de um ano desde os primeiros relatos de caso da doença, de ter um tratamento aprovado pela FDA nos Estados Unidos que está disponível para todos os pacientes que necessitem.”

Segundo uma pesquisa da OMS divulgada neste mês, o medicamento remdesivir teve pouco ou quase nenhum efeito sobre os tempos de internação ou chances de sobrevivência de pacientes de covid-19.

Os resultados são do estudo Solidarity, da OMS, que avaliou os efeitos de quatro tratamentos com medicações que incluíam o remdesivir, a hidroxicloroquina, e a combinação dos medicamentos lopinavir/ritonavir e interferon (utilizada para o tratamento do HIV) em 11.266 pacientes adultos em mais de 30 países.

O estudo concluiu que os protocolos pareciam ter pouco ou nenhum efeito na redução de mortalidade em 28 dias ou na duração do tratamento hospitalar entre pacientes internados com covid-19, disse a OMS nesta quinta-feira.

No início do mês, dados de um estudo americano com o remdesivir pela Gilead mostraram que o tratamento cortava o tempo de recuperação da covid-19 em cinco dias quando comparado aos pacientes que receberam o placebo em um teste envolvendo 1.062 pacientes.

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