“Especulação imobiliária em véspera de eleição”, diz Amastha sobre criação de Distrito de Taquarussu Grande

O pré-candidato a prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), se posicionou terminantemente contra a ampliação do perímetro urbano de Palmas, com a criação do distrito de Taquarussu Grande.

“Querem acabar com o Taquarussu Grande. Querem fazer lotes aqui. Querem cometer o crime que cometeram no Luzimangues. O que vocês acham que é isso? É especulação imobiliária em véspera de eleição e nós não vamos permitir isso”, afirmou.
Amastha participou, na manhã deste domingo (02) de uma reunião promovida pelos moradores da região para debater com técnicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) os impactos da medida.
A criação do Distrito de Taquarussu Grande é uma proposta da Câmara de Vereadores de Palmas, que montou uma comissão para discutir o tema.
Uma audiência pública já foi realizada pela Câmara, mas moradores do local criticaram a postura intransigente de alguns parlamentares no tratamento do assunto.
“Não vamos permitir. Não porque a gente não quer, mas porque é ilegal, é inconstitucional, porque é criminoso contra a nossa cidade. Aqui está a nossa nascente, aqui está a nossa vida e isto tem que ser preservado”, reforçou.
Para Amastha, é possível acelerar o desenvolvimento preservando a região. “Pode ter questão agrícola sustentável, pode ter agroturismo fortíssimo[…], dá para fazer um grande projeto de ecoturismo. Dá para receber dinheiro para não estragar as nossas coisas. Meio ambiente pode também ser um grande negócio”, disse.
Amastha se preocupa com os danos ao meio ambiente que a medida pode provocar.
“Nós precisamos entender que a nossa cidade depende da preservação dessas nascentes, desta área e que a ocupação seja uma ocupação inteligente e focada no futuro da nossa cidade. Vocês já imaginaram o que seriam milhares de lotes deste lado da estrada? No futuro, daqui a 30, 40 anos, alguém vai querer discutir por onde é que vai fazer o anel viário. Sabe por onde vai ter que ser? Por cima das serras, gente”, ressalta.
“Nós já temos um limite estabelecido do perímetro da nossa cidade. Temos áreas demais, vazias, para serem ocupadas. Então, não a especulação, não ao crime contra o Taquarussu Grande, não a esse crime contra Palmas. Vamos estar firmes nessa luta, independente de qualquer coisa. Não tem a ver com política, não tem a ver com ideologia, não tem nada com nada. Tem a ver com Palmas, com a nossa cidade, que a gente vai defender até às últimas consequências”, encerra.