Visando à prevenção e o controle da raiva dos herbívoros (bovinos, equídeos, ovinos e caprinos) uma equipe de controle da enfermidade da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) estará atuando no município de Pedro Afonso, região nordeste do Estado, entre os dias 21 e 28 de julho, já que em Bom Jesus do Tocantins foi registrado um caso da doença em junho deste ano.
Na região, os produtores rurais informaram que detectaram espoliações (sugadura) de morcegos nos animais. “Diante do comunicado, a Agência envia equipe para monitorar possíveis abrigos de morcegos hematófagos, principal transmissor da raiva na zona rural, faça captura destas espécies em currais e outros esconderijos, bem como promova orientação quanto a importância da vacinação e os cuidados”, explica o responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, Raydleno Mateus.
Quando há suspeita da doença no animal, a instituição faz o atendimento e envia o material coletado para o laboratório. No caso de positivo, a propriedade é considerada foco, e tanto ela quanto os perifocos são monitorados por 90 dias. Se nenhum novo caso aparecer ambos saem dessa classificação. Além disso, os casos positivos são imediatamente informados à Secretaria Estadual da Saúde para que ela dê seguimento aos protocolos em humanos que tiveram contato com animais suspeitos ou infectados.
Em 2020, foram registrados sete casos da doença em todo o Estado. No primeiro semestre de 2021 foram notificados 14 casos. Vale ressaltar que, a forma mais eficaz de prevenção é a vacinação anual dos animais e um reforço com 30 dias nos primovacinados (que recebem a dose pela primeira vez), em conjunto com outras medidas sanitárias.
Apoio
A Adapec conta com o auxílio do mapa de calor, que é uma base de dados coletada por meio de informações dos produtores rurais sobre a presença de animais com sugaduras por morcegos.
A ferramenta é atualizada semestralmente pelo o Núcleo de Estudos Avançados em Geoprocessamento e Estatísticas (Neage) da Adapec, que apresenta dados científicos sobre a ocorrência nas regiões de maior risco para a enfermidade. Os dados são fundamentais para o direcionamento de ações específicas no Estado.
Sintomas
O animal infectado pelo vírus da raiva apresenta alguns sintomas como: isolamento do restante do rebanho, apatia, perda de apetite, salivação abundante e dificuldade para engolir. Com a evolução da doença, tem movimentos desordenados, tremores musculares, ranger de dentes, decúbito lateral e morte.
A Agência alerta que o produtor deve evitar o contato direto com animais que apresentam sintomatologia nervosa. Qualquer dúvida ou denúncia em relação à defesa agropecuária, o produtor pode entrar em contato também, por meio do Disque Defesa no 0800 063 11 22.