A Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo do Tocantins (Febtur/TO) realiza, nos dias 15 e 16 de maio, mais uma ação para a valorização e divulgação do turismo e da cultura tocantinense. Integrantes dos estados de São Paulo e Pará, além de novos que se irão se associar à entidade, vão conhecer um dos povos ancestrais do Tocantins, na Terra Indígena Xerente, no município de Tocantínia, quando será apresentado o projeto do Centro de Fortalecimento da Cultura Xerente, que terá, em breve, um receptivo para o etnoturismo. A visita acontecerá no domingo, 15, com saída de Palmas, às 9 horas.
Durante a estada dos parceiros nacionais, em Palmas, a Febtur Tocantins receberá a associação de novos comunicadores do Estado que acreditam no potencial turístico como atrativo de renda e emancipação para as comunidades locais e por isso, voluntariamente, vão se envolver nessa nova ideia. A posse ocorrerá no Atlas Hotel Premium, durante happy hour às 18h30, na segunda, 16, quando, em bate-papo com seus proprietários, parceiros da federação, serão apresentados os projetos do novo hotel da Capital e também recentes livros de jornalistas tocantinenses.
Do estado do Pará, fará parte da comitiva a jornalista e presidente da Febtur paraense, Christina Hayne e de São Paulo, o jornalista Ivan Leyraud, presidente da federação daquele estado.
A jornalista Seleucia Fontes, presidente da Febtur Tocantins, justifica a realização destas ações como uma oportunidade de divulgar o trabalho da entidade e dos projetos turísticos e culturais do Estado e do País. “A Febtur trabalha não apenas para agregar novos associados, mas principalmente na missão de identificar perfis profissionais comprometidos com o desenvolvimento social e econômico por meio do turismo”, afirma.
Novos integrantes
A Febtur Tocantins receberá quatro novos integrantes na segunda, 16. A colunista social Jaciara Barros se junta aos seus quadros por confiar na atual gestão e por amar o turismo. “Quando eu penso em turismo no Tocantins me vem o nome da Seleucia Fontes, uma pessoa sempre engajada. Como associada eu só tenho a ganhar, pois colocarei meu portal à disposição das publicações referentes ao turismo”, justifica.
Para a professora Fátima de Albuquerque, pós-doutorada em Turismo pela Universidade Federal do Paraná, participar da Febtur é “poder contribuir para a construção de projetos turísticos mais arrojados, que pensem o turismo não só como um segmento da economia, mas que tenha implicações de ordem humana, na valorização das comunidades originárias e seus territórios. Participar de algo que pretenda contribuir para a formação de uma economia sólida e agregadora.”
Zuleide D’Ângelo, jornalista tocantinense há mais de 30 anos com atuação em veículos e assessorias do Tocantins, vê a federação com uma relevante rede. “A oportunidade de entrar na Febtur significa, portanto, poder compartilhar potenciais e fazeres turísticos em rede e nela, comunicadores, empresários e comunidades intercambiam experiências em cada etapa dos projetos.”
Apresentadora do programa Mosaicos Tocantins e mestre em cinema, a jornalista Mariah Soares afirma que vai se associar à Federação por acreditar em sua proposta. “A Febtur pode contribuir com a divulgação e consolidação de todo potencial cultural, artístico e histórico, por meio do turismo”, registra.
Visitação a aldeia
Os visitantes conhecerão o Centro de Fortalecimento da Cultura Xerente, que contará com um receptivo para o etnoturismo. Conforme Srewe Xerente, presidente da União Indígena Xerente (UNIX), o projeto é financiado com recursos do Banco Mundial, por meio do Projeto BGM Brasil – Mecanismo de Doação Dedicado a Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais no âmbito do Programa de Investimento Florestal. O projeto também inclui permacultura e o desenvolvimento de oficinas de saberes tradicionais.
O povo que se denomina Akwê, ‘gente importante’, ‘indivíduo’, vive na margem direita do rio Tocantins, perto da cidade de Tocantínia, na Terra Indígena Xerente, num total de 183.542 hectares de área demarcada. Os Xerente também pertencem ao grupo linguístico Macro-Jê e sobrevivem da ‘roça de toco’, onde plantam milho, arroz e mandioca.
Apoiam a visitação a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas),
Prefeitura de Tocantínia e Secretaria da Cultura e Turismo (Sectur).
O que é etnoturismo
O Brasil possui sol e praia, inverno com lareira, trilhas e cachoeiras. Mas sua principal riqueza está no seu povo e na diversidade cultural. Hoje, há um público crescente em interesse e disponibilidade para se aventurar em viagens de imersão e retorno à ancestralidade.
Nos últimos anos, as comunidades tradicionais vêm discutindo a implementação de projetos alternativos voltados à geração de renda e sustentabilidade. Muitas já perceberam a importância do turismo como vetor de desenvolvimento social, ambiental e econômico.
Porém, os efeitos do turismo, principalmente sobre as culturas indígenas, é tema de debate entre os pesquisadores. Isso porque sua adoção pode gerar efeitos positivos, como crescimento econômico e melhoria na qualidade de vida.
É fundamental que os projetos de etnoturismo sejam baseados nos princípios do desenvolvimento local sustentável, com preservação dos aspectos culturais, ambientais e sociais das comunidades.
O que é a Febtur
A Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo (Frentur) foi instituída em outubro/2021, com o objetivo de atender às demandas de um novo modo de fazer turismo. A entidade conta com jornalistas, fotógrafos, publicitários, designers, social media, empresários da comunicação de 17 estados comprometidos com a missão de colaborar efetivamente com o crescimento do turismo regional e nacional.