Em terceira alta seguida, Copom eleva Selic a 4,25% ao ano

Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou, mais uma vez, 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic. Assim, a taxa passa de 3,5% ao ano para 4,25% a.a. Essa foi a terceira alta consecutiva desde o início do movimento de alta dos juros, em março. 

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16) e veio de acordo com a expectativa da maior parte do mercado financeiro. O avanço na Selic é parte do movimento de retirada de estímulos da atividade econômica pelo BC após o Copom ter reduzido, no ano passado, a taxa à mínima histórica de 2% ao ano, com o objetivo de estimular a recuperação da economia após a pandemia da Covid-19.

Entre os fatores que fortaleceram a decisão do Copom por uma nova alta, estão o avanço contínuo da projeção da inflação, que já está acima da meta, as revisões positivas para o Produto Interno Bruto (PIB), e a confirmação de uma nova prorrogação do auxílio emergencial, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Isso porque o benefício é visto como uma das explicações para pressão inflacionária nos setores de alimentos e construção civil. 

O mercado já prevê uma inflação de 5,82% para 2021. A meta do BC para este ano é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderia oscilar entre 2,25% e 5,25%. 

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para perseguir a meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com isso, a mediana das projeções é de que a Selic avance até os 6,25% a.a até o final de 2021. Alguns analistas já estimam uma Selic de 7% a.a até o fim do ano.

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