O sistema de pagamentos brasileiro está prestes a mudar completamente. Hoje, para que um pagamento seja efetuado – e o dinheiro saia da conta corrente do comprador e caia na do vendedor – são necessários diversos participantes, como a bandeira do cartão de crédito (tal como Visa, Mastercard ou Elo), a empresa da maquininha (como Cielo, Rede e Stone), além, é claro, dos bancos. Mas com o sistema de pagamentos instantâneos (PIX) o caminho será mais rápido – e barato.
O comprador acessa o aplicativo onde tem conta e clica na opção pagamento instantâneo. Em seguida, define que será pagamento – e não recebimento – e digita a chave que identifica o vendedor: celular, CPF/CNPJ ou e-mail. Depois digita o valor e a senha. A transação é, então, confirmada para as duas partes envolvidas.
Caso o vendedor tenha um QR Code, basta que o comprador aponte a câmera de seu celular para a imagem e depois confirme o valor e digite a senha para efetuar a transação. Essa forma de pagamento pode ser usada também para quitar contas e faturas de água e luz, por exemplo.
Assim, não é necessário o uso das maquininhas para inserir os cartões – tudo passa a ser feito com smartphones. A conciliação do pagamento é feito pelo sistema criado pelo Banco Central, o que faz com que o processo seja mais rápido (em média, demora dois segundos) e mais barato.
Pelo cronograma do BC, a primeira etapa do lançamento do PIX seria no dia 3 de novembro, mas a autoridade monetária decidiu antecipar para o dia 5 de outubro.
Nesta data, os clientes de bancos já poderão fazer registros de “chaves” – que vão substituir dados como número do banco, agência e conta – para recebimento de pagamentos pelo PIX. Esta antecipação, que havia sido anunciada pelo próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento virtual na manhã desta quarta-feira, 22, foi oficializada pouco depois pelo BC.
“Quem desejar receber um PIX de forma simples e prática deverá, a partir de outubro, acessar o aplicativo da instituição em que possui conta e fazer o registro da chave, vinculando o número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ àquela conta específica”, informou o BC por meio de nota. “Essas informações serão armazenadas em uma plataforma tecnológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), um dos componentes do PIX.”