Pesquisa Datafolha feita na segunda (25) e na terça-feira (26) apontou que 52% dos brasileiros são contra a presença de militares no poder político, 43% aprovam e 5% não souberam responder. Foram entrevistadas 2.069 pessoas por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Atualmente, oito dos 22 ministros do governo vêm das Forças Armadas, e dois deles (o general Luiz Eduardo Ramos, secretário de Governo, e o almirante Bento Albuquerque, das Minas e Energia) ainda são parte do serviço ativo.
Um nono oficial, o general da ativa Eduardo Pazuello, ocupa interinamente o Ministério da Saúde. Também vale ressaltar que o vice-presidente é um general de quatro estrelas da reserva, Hamilton Mourão.
A Esplanada dos Ministérios tem, ainda, cerca de 2.500 outros militares, ocupando cargos diversos, pelo menos 1.200 deles emprestados da ativa, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo.
O levantamento apontou que a militarização agrada mais os mais ricos e instruídos: 62% dos que ganham mais de 10 salários mínimos aprovam o movimento, assim como 50% dos que têm curso superior – neste caso, empatando com os 47% contrários à ocupação.
A presença dos militares no governo desagrada mais as mulheres (57% de rejeição) do que homens (51% de aprovação).