Durante a pandemia da Covid -19, a recomendação do Ministério da Saúde (MS) é para o uso de máscaras de proteção facial, mas a orientação não inclui crianças menores de dois anos. O item, apesar de ser obrigatório no Município de Palmas, conforme prevê o Decreto nº 1.884/2020, não deve ser utilizado por pessoas que não consigam removê-lo sem assistência.
A médica pediatra que atua no Ambulatório de Atenção à Saúde (AMAS), Fernanda Felipe Camelo, explica os riscos ao utilizar máscaras de proteção em menores de dois anos. “As máscaras protetoras podem causar sufocamento e mesmo no tamanho adequado podem deixar a criança irritada o que provavelmente aumenta a chance da mesma levar a mão ao olho e boca. Além de que, as crianças nessa faixa etária tendem a babar, fazendo com que a máscara fique úmida e não cumpra a função desejada e ainda aumentando o risco de contágio se essa saliva estiver contaminada com o vírus”, ressaltou ela.
A pediatra conta que crianças menores de dois anos só devem sair de casa se houver extrema necessidade e, caso isso ocorra, a recomendação é que ela saia no carrinho ou bebê conforto e que esteja coberta por um tecido. Também é importante manter uma distância mínima de até dois metros de outras pessoas.
Para pessoas fora do grupo citado, ou seja, maiores de 2 anos, a recomendação é usar a máscara sempre que precisar sair de casa, já que a cobertura impede a transmissão do vírus por pessoas contaminadas assintomáticas.
Máscaras de proteção caseira
A máscara caseira precisa ser confeccionada dentro de alguns critérios. É necessário que ela tenha duas camadas de pano, ou seja, seja dupla face. Trata-se de uma máscara de uso individual e precisa ser trocada sempre que estiver úmida. As medidas da máscara precisam cobrir totalmente a boca e o nariz e é preciso que a mesma esteja ajustada ao rosto, sem espaços nas laterais.