A parcela que acredita que a pandemia do coronavírus irá prejudicar a economia do país por muito tempo cresceu de 50%, em março, para 56%. Já, a parcela que espera que a pandemia prejudique a economia por pouco tempo recuou de 44% para 36%. Para 5%, a pandemia não irá prejudicar a economia do Brasil (era 3%) e 3% não opinaram (era 4%). O pessimismo com o impacto da pandemia na situação econômica do país alcança índices mais altos entre os mais instruídos (69%), entre os empresários (70%) e entre os mais ricos (71%).
Quanto ao impacto da pandemia de coronavírus na situação econômica pessoal, as opiniões ficaram divididas, com o índice de pessimismo crescendo em comparação a março. Para 37%, a pandemia irá prejudicar a situação econômica pessoal por muito tempo (era 28%), para 41% irá prejudicar a situação econômica pessoal por pouco tempo (era 45%), para 19%, não irá afetar a vida financeira (era 24%) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior). A taxa de pessimistas com o impacto da pandemia na situação econômica pessoal é mais alta entre os mais pobres (43%) e entre os empresários (52%).
No período, a parcela de entrevistados que avaliam que a renda pessoal irá diminuir nos próximos meses cresceu, o índice passou de 57%, em março, para 69% – entre os assalariados registrados o índice é mais baixo, 60%. Observam-se índices mais altos entre os que têm 35 a 44 anos (80%), entre os profissionais liberais (89%) e entre os empresários (92%). A parcela que não espera por redução na renda nos próximos meses recuou de 43% para 30% – esse índice é mais alto entre os mais velhos (46%), entre os funcionários públicos (45%) e entre os assalariados registrados (40%).
A maior parcela (67%) dos que fazem parte da população economicamente ativa declarou que não poderá trabalhar de casa durante o isolamento (era 54% em março) – esse índice sobe entre os menos instruídos (77%) e entre os mais pobres (77%). Já, uma parcela de 33% declarou que poderá trabalhar de casa (era 46%) – entre os mais instruídos (59%) e entre os mais ricos (67%) esse índice é mais alto.
Quando perguntados por quanto tempo conseguem se sustentar sem receber salário ou pagamento por seus serviços, 39% declararam que conseguem se sustentar por até 1 mês (entre os assalariados sem registro o índice sobe para 57%), 19%, por até 2 meses, 11%, por até 3 meses e 17%, por 4 ou mais meses – entre os empresários esse índice sobe para 33%. Uma parcela de 6% declarou que já não está conseguindo se sustentar e 9% não opinaram.
Nesse levantamento, nos dias 01, 02 e 03 de abril de 2020, foram realizadas 1.511 entrevistas por telefone, com brasileiros de 16 anos ou mais, que possuem celulares, de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
Fonte: BBC