O primeiro caso de infecção por COVID-19 em Portugal foi confirmado no passado dia 2 de Março, porém só uma semana mais tarde é que o novo coronavírus começou a abalar o sector do retalho – pelo menos, nos meios digitais. Uma análise elaborada pela Atrevia mostra que as menções a este sector em associação à pandemia registaram um salto entre os dias 10 e 15 do último mês, voltando a verificar-se outra subida entre os dias 16 e 18. O pico teve lugar no dia 17, quando se registaram cerca de seis mil menções.
No total do período em análise (de 24 de Fevereiro a 23 de Março) a Atrevia contabilizou aproximadamente 54,7 mil menções ao sector do retalho associadas ao novo coronavírus, nas plataformas digitais portuguesas – em que se incluem os meios de comunicação online, mas também blogs e rede sociais. O estudo mostra que estas menções geraram cerca de 133,24 mil interacções.
Comparando com o período homólogo anterior, o “Digital Report – Alterações na esfera digital face ao Coronavírus” dá conta de uma subida de 690% em termos de número de menções ao sector do retalho. Nota-se ainda um crescimento 1200% nas interacções e um aumento de 225% no alcance.
Em termos de interacções, a Atrevia mostra que a maioria das interacções referentes aos conteúdos com menções ao coronavírus dizem respeitos a gostos no Facebook. Seguem-se as partilhas na mesma rede social e os comentários.
Relativamente à análise emocional, o estudo aponta um total de 39% de sentimento negativo. A culpa é atribuída às “verdadeiras corridas aos supermercados, bens de primeira necessidade, bem como à elevada compra de papel higiénico, que se tornou viral nos meios de comunicação e nas redes sociais”, indica ainda a consultora.
No dia 17 de Março, verifica-se um aumento significativo de sentimento positivo devido às campanhas dos hipermercados que geraram confiança junto dos consumidores.
O mesmo estudo mostra que as mulheres lideram o número de menções, “uma vez que, por norma, são estas que se deslocam para a compra de bens no sector do retalho”. No entanto, ressalva a Atrevia, verifica-se que também os homens estão, cada vez mais, a mencioanr o tema coronavírus nos canais digitais quando se referem a retalhistas.
Em termos de idade, a faixa etária com mais menções neste sector diz respeito a pessoas entre os 18 e os 24 anos (48,5%) e entre os 25 e os 34 anos (44,3%).
Fonte: (Sapo)