O que é, de fato, coragem na política? Essa pergunta é complexa, porque envolve várias camadas de compreensão sobre o que significa agir de maneira corajosa nesse ambiente. Coragem, ao contrário do que muitos podem pensar, não é a ausência de medo. Na verdade, coragem é justamente agir apesar do medo. Um político corajoso não é aquele que desconhece o medo, mas sim aquele que, reconhecendo os riscos, ainda assim decide enfrentar o que é necessário.
Na política, ser corajoso é, em grande parte, enfrentar aqueles que o perseguem, que tentam calar suas ideias e descreditar suas ações. É agir mesmo sabendo que está se expondo a riscos, que nem sempre são obrigatórios, mas que, em muitos casos, são necessários para se manter fiel aos seus valores. Isso não é algo simples ou comum, pois exige uma clareza profunda de propósito, uma compreensão nítida do que se quer, do que se defende, e de quais princípios são inegociáveis.
É nesse cenário que a coragem se torna essencial. Em um ambiente muitas vezes marcado por interesses obscuros, pressões externas e internas, e a constante tentativa de silenciamento, a verdadeira coragem política consiste em manter-se firme, mesmo quando o caminho mais fácil seria ceder, omitir-se ou ser corrompido. Um político corajoso sabe que os desafios são grandes, que as injustiças são constantes, mas escolhe agir de maneira íntegra, sem se deixar abalar por ameaças ou tentativas de intimidação.
Infelizmente, essa coragem autêntica nem sempre é uma característica comum entre os políticos. Muitos preferem o caminho da conveniência, deixando-se levar pelas pressões que os cercam, seja para manter o status quo, seja para assegurar o próprio poder. Contudo, a política deveria ser o terreno ideal para que a coragem se manifeste em sua forma mais pura. É nesse campo que as maiores adversidades se encontram, e é onde a força moral de um indivíduo pode brilhar ao enfrentar essas adversidades de frente.
Infelizmente, nem todos os que se posicionam na política estão dispostos a correr os riscos necessários para defender seus princípios. Muitos se deixam comprar, se silenciam diante de injustiças ou se rendem às intimidações. Ser corajoso na política não é apenas resistir à pressão; é, sobretudo, manter-se firme quando tudo ao redor parece instável.
Quem dera tivéssemos mais políticos corajosos. Pessoas dispostas a não serem intimidadas, a resistirem à corrupção, e a defenderem aquilo em que realmente acreditam, mesmo quando o custo é alto. O que a política precisa, acima de tudo, é de indivíduos com valores claros, que saibam agir apesar dos obstáculos e que não se desviem diante das dificuldades. Precisa-se admitir que a política não é para aqueles que buscam poder, mas para os que estão dispostos a perdê-lo em nome da verdade. A verdadeira bravura não é só enfrentar o inimigo, mas muitas vezes enfrentar a si mesmo – reconhecer os próprios medos, falhas e limitações, e ainda assim seguir em frente, sem garantia de vitória. A verdadeira coragem na política, no final das contas, está em agir por justiça e verdade, mesmo quando o mundo parece estar contra você.
Alex Andrew
Presidente da Juventude do Partido Novo no Tocantins
@eualexandrew