Comerciantes de Palmas enfrentam epidemia de furtos e assaltos

Nas últimas semanas, o comércio palmense vem passando por situações delicadas no que tange à segurança. A CDL Palmas recebeu reclamações de diversos comerciantes que tiveram suas empresas invadidas e furtadas nos últimos dias, e que buscam uma medida que solucione a situação em que se encontram.

O presidente da CDL Palmas, Silvan Portilho, explica que é inaceitável que os lojistas passem por essas situações por negligência da segurança pública. “Estamos no meio de pandemia e ainda temos que lidar com uma onda de furtos? Já não é suficiente todo a crise que estamos passando? Nossos lojistas pagam seus impostos e precisam ter o retorno. O acesso à segurança é um dever do Estado e um direito fundamental de todos os cidadãos, assegurado pela Constituição. Não podemos ficar à mercê de furtos por falta de uma segurança preventiva e por ter poucos efetivos nas ruas”, disse. 

Um desses casos de furto é da empresária Aleni Coelho, que teve sua loja de roupas invadida na madrugada do dia 07 de agosto. Os assaltantes já haviam tentado entrar na sua empresa em outra ocasião, mas desistiram e foram embora. Desta vez, entraram e furtaram mercadorias da loja. “A gente fica vulnerável. Apesar de ter a guarda particular, ainda terei mais um custo tendo que colocar grades nas portas da loja. Não é só aqui, são vários empresários tendo prejuízos. Aqui levaram pouca coisa, mas a situação é extremamente ruim. Ficamos pensando: e se eles voltarem? É uma situação horrível. Todos os dias temos notícias de colegas tendo suas empresas furtadas. Até quando vamos sofrer com isso? Vamos colocar as grades agora, mas depois eles vão arrumar um jeito. Precisamos é de segurança pública, não vemos viaturas nas ruas. Quando a gente precisa, a viatura demora 1h, 2h para chegar quando pedimos. Se não tomarem uma providência, a situação vai só piorar”, disse Aleni. 

O empresário Carlos Augusto, proprietário de um mercado, conta que teve um prejuízo de mais de R$4 mil. “Os assaltantes esvaziarem o freezer de carne, quebraram e levaram os cadeados da grade de segurança, carregadores, dinheiro, mercadorias. Nos sentimos totalmente inseguros, pois as câmeras mostram que eles ficam um tempão dentro da loja e nenhuma viatura passou. Agora, tive mais gastos trocando meu sistema de alarme, colocando mais câmeras, mas sem mais viaturas e segurança pública, isso não faz muita diferença”, disse. 

Geo Mota é do ramo de aluguéis e vendas de vestidos para festas e casamentos, um dos setores mais atingidos pela crise, e também teve sua loja invadida. “Eles não levaram nada, graças a Deus. Arrombaram a porta, mexeram nas minhas gavetas, mas não levaram. Fiquei muito preocupada. Nesta crise está difícil manter minha empresa, pois estamos sem eventos, e agora ainda terei que gastar reforçando a segurança”, desabafou. 

A CDL Palmas encaminhou um ofício ao Poder Público municipal pedindo reforço na guarda metropolitana. Também encaminhamos uma solicitação à Secretaria de Segurança Pública do Estado Tocantins, pedindo para que aumente o número de viaturas e policiais nas ruas, especialmente no período da noite, agindo de maneira eficiente no combate aos furtos. Texto: Caira Lima/Assessoria CDL Palmas

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