Depois de alguns meses na vivencia dessa pandemia muitos assuntos relacionados a imunidade com a infecção pelo novo coronavirus foram expostos a mídia. E sua relação com a vitamina D despertou um grande interesse não só da população mas também da comunidade científica.
A vitamina D, ou colecalciferol, é um hormônio esteroide, cuja principal função consiste na regulação da homeostase do cálcio, formação e reabsorção óssea, através de sua interação com as paratireoides, os rins e os intestinos. Nos últimos anos as pesquisas vem mostrando uma crescente interação com o sistema imunológico, tendo em vista a expressão do receptor de vitamina D em uma ampla variedade de tecidos corporais como cérebro, coração, pele, intestino, gônodas, próstata, mamas e células imunológicas. A vitamina D parece interagir com sistema imunológico através de sua ação sobre a regulação e a diferenciação de células como linfócitos, macrófagos e células natural killer e produção de anticorpos.
Sabemos dos potenciais efeitos benéficos da vitamina D em diversos órgãos, mas não foram até o momento cientificamente comprovados. Há revisões sistemáticas que mostram que a reposição de vitamina D em indivíduos com valores baixos possa reduzir o numero de infecções respiratórias graves. Recente estudo italiano encontrou valores baixos de vitamina D em pacientes internados com COVID -19. Isso não mostra causa-efeito, nem que foi o valor baixo da vitamina que causou a infecção ou a internação. Mostra apenas que idosos têm prevalências aumentadas de deficiência de vitamina D.
Assim, o que é recomendado é a suplementação em doses habituais principalmente nos grupos de risco adequando os valores de vitamina D conforme as recomendações das sociedades científicas, ficando o alerta do risco de intoxicação por vitamina D, a hipervitaminose D que é grave.
* Recomendação para jovens e população geral ( 25OHD = 20ng/ml) e para população de risco ( 25OHD > 30 – 60 ng/ml).