O monitoramento em tempo real da universidade americana Johns Hopkins sobre os casos do novo coronavírus no mundo já é uma referência global. Após a decisão do ministério da Saúde brasileiro de não divulgar mais o histórico dos dados relacionados ao país, o site, que levava em conta informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de órgãos locais, optou por retirar o Brasil da lista. O país era o segundo no mundo com mais infectados segundo a universidade, atrás somente dos Estados Unidos.
Na manhã deste sábado (6), o site do governo, que antes era voltado para informar a população sobre a situação da covid-19 no país, foi atualizado e agora traz apenas as informações sobre recuperações da doença, novas contaminações e os óbitos, sem contabilizar os números, como era feito anteriormente.
O último balanço divulgado pela Saúde, na última sexta-feira (5), registrava 35.026 mortes e 645.771 casos confirmados. Em um dia, foram adicionados ao relatório mais 1.005 óbitos e 30.830 pessoas infectadas — o que colocou o Brasil, segundo a Johns Hopkins, na desconfortável posição de terceiro país com o maior número de mortes pela doença no mundo.
Em nota enviada à Exame, a universidade afirmou que a decisão se deve a “suspensão temporária do ministério da Saúde brasileiro de divulgar os dados sobre a covid-19”. “Até os dados estarem disponíveis novamente, estamos mostrando os últimos números oficiais que temos (dia 4 deste mês). Quando os dados se tornaerm disponíveis novamentes, vamos corrigir”, afirmaram.