Os preços do milho retomaram a firmeza no mercado brasileiro, findando o viés de baixa iniciado em agosto. Em Campinas-SP, os preços subiram 7,5% no acumulado de dezembro/21.
Com a alta nos preços, o cereal está custando 19,2% mais este ano, em relação a dezembro do ano passado.
Apesar do aumento da disponibilidade de milho no mercado internacional com o fim da colheita norte-americana em novembro, o clima no Sul do Brasil e as preocupações quanto aos estoques de passagem no começo de 2022 pesaram nos preços do cereal.
O desenvolvimento das lavouras no Sul do país preocupa. Após um bom ritmo de semeadura, com chuvas em bons volumes entre setembro/outubro, os meses de novembro e dezembro estão sendo marcados pelo efeito climático La Niña e forte estiagem na região.
A estiagem piorou a condição e a produtividade das lavouras. Estima-se queda de mais de 10% na produção em relação às expectativas iniciais para o milho primeira safra no país.
Com a estimativa de menor produção de milho primeira safra, estoques de passagem reduzidos, dólar elevado e proximidade do fim da isenção da cobrança de PIS/Cofins para a importação do cereal, os preços subiram.
Com relação às importações brasileiras, que diminuíram a pressão sobre os preços do cereal no segundo semestre, no acumulado do ano, até a terceira semana de dezembro, foram internalizadas 3,11 milhões de toneladas do cereal no país, maior volume já importado.