Será que realmente precisamos das Mudanças climáticas para piorar o nosso cenário climático?
Precisamos produzir mais alimentos, pois que o Brasil é o celeiro do mundo. Há quem conteste esta afirmação. E você o que acha?
No entanto, faz-se necessário preservar também e, porque não aliar produção agrícola à proteção e salvaguardo do meio ambiente?
O amigo produtor rural já tem se deparado anualmente com eventos meteorológicos adversos e tem se sobressaído muito bem, apesar das grandes perdas, das constantes reinvindicações por boas estradas que permitam escoar a produção agrícola, por preços mais justos, por vias da competição do mercado desleal e protecionista de países ditos amigos e, por vezes, pela falta de uma política internacional bem definida.
Pensar em cenários de mudanças climáticas é simplesmente, pensar em estratégias, é pensar no futuro.
Não podemos, de maneira singela, negar fatos como o aumento da temperatura do ar, dos níveis dos oceanos, tal como a redução das chuvas. Fatos que, para muitos , são mais ecoterrorismo do qualquer outra coisa.
Por mais catastrófico que se apresente um cenário climático futuro, não quer dizer que acontecerá. Há que se entender que verdadeiramente ele pode acontecer!
E vindo a acontecer, o que faremos? Mitigar? Como? Em verdade, é “se” e “se” já estiver acontecendo? O fato é que tais trarão algumas consequências por demais desagradáveis às nossas realidades, ao nosso quotidiano? Justo, porque se trata de fenômenos físicos.
Diante da complexidade dos fenômenos meteorológicos, é desolador não saber o que fazer. A nossa conjuntura ainda é similar a estarmos no meio do mar revolto num pequeno barco, e esperarmos passivamente a tormenta passar. Fenômenos meteorológicos, previsíveis e sazonais no Hemisfério Norte, com preparativos de seguranças, população informada, estratégias definidas ainda são surpreendidos pelas intensidades e fúria dos furacões e tornados que produzem prejuízos econômicos anuais imensos.
Ressalvas em cenários de mudanças climáticas são muitas e se fazem necessárias! A saber, se os modelos climáticos por vezes, não conseguem representar bem a atmosfera em curto prazo (60 dias), será que eles conseguem garantir que as tendências serão factuais?
Por analogia, sobretudo uma reflexão crítica, e “se”, você não cortar os carboidratos, a gordura do churrasco, a ingestão de álcool como ficará suas taxas de triglicérides e a diabetes? Percebam sempre, o “se”. Tenhamos os cenários das mudanças climáticas, como aviso, um prenúncio baseado em evidências físicas postuladas pela ciência. Tão quanto, um profissional da área da saúde que diante dos fatos (seus exames) análise, e emita o tradicional sermão dos malefícios do sobrepeso, tabaco e álcool!
Pois bem, se por outro lado o efeito do aumento do CO2 na atmosfera ajudaria as plantas como, a do feijão e a da soja, o milho não se sairia tão bem. Mas e a chuva?
Se a espécie humana, para muitos, é incapaz de alterar a dinâmica de um planeta, pela destruição dos rios, pelo desmatamento, queimadas e emissão de poluentes, em verdade, ele ainda é incapaz de prover água da chuva em abundância para centenas de milhares de quilômetros de cultivo de arroz, soja, milho, algodão, cana-de-açúcar etc. As nossas maiores plantações são cultivadas em sequeiro (outubro a abril), onde precisamos das águas das chuvas.
A nossa necessidade contemporânea, nos transforma em cegos eventuais para um futuro que se aproxima, onde será dominado por muitas tecnologias. No nosso “hoje”, países como Israel, China, EUA entre outras nações investem e trabalham na produção de proteína animal em laboratórios, onde os suculentos bifes sairão não dos verdes pastos, mas de estufas futurísticas. Vale a pena degradar ainda mais o ambiente diante de um futuro tecnológico? Ou preservar o que ainda temos e agregar mais valor com o que já, ora conseguimos produzir? Pesquisadores em todo mundo afirmam que as atuais terras agricultáveis já conseguem garantir mais alimentos, sem a necessidade da abertura de novas terras.
Problemas com o clima? Já temos mais do que suficiente no Brasil, temos históricos de secas por mais de 100 anos só nordeste brasileiro. E ainda não conseguimos conviver com este evento inerente e recorrente de todos os sistemas climáticos do mundo.
Lá vem El Niño e La Niña, com ciclos de surgimento que variam de 3 a 4 anos, intercalados ou não com períodos de neutralidade e todos ficamos, ainda, apreensivos. Dependendo da sua intensidade e duração podem trazer grandes problemas sociais e prejuízos econômicos em várias partes do mundo.
E a variabilidade climática que já garante com que os períodos chuvosos sejam únicos, com totais pluviométricos flutuando em uma média normalizada para satisfazer a nossa compreensão por meio da estatística. Onde as variações entre datas de inícios, de volumes mal distribuídos entre eventos de chuvas se tornam a cada ciclo mais irregularidades e complexas.
O que esperar, se o “se” chegar?
As reflexões continuam…
Até breve!