Para 67% da população, ser brasileiro é mais motivo de orgulho do que de vergonha. É o que indica pesquisa do Datafolha divulgada nesta 2ª feira (1º.jun.2020). Em dezembro, o percentual era de 76%.
Foram entrevistadas 2.069 pessoas por telefone nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Mais da metade da população (57%) está com medo do futuro, enquanto 41% se dizem confiantes. Eis 1 resumo dos sentimentos dos brasileiros, de acordo com a pesquisa:
- 63% tristes com o Brasil, 34% se dizem felizes;
- 42% sentem raiva, 52% se declaram tranquilos;
- 59% se sentem desanimados, 39% estão animados;
- 69% afirma que a insegurança se sobrepõe à segurança ao pensar no Brasil, enquanto 30% sentem o oposto;
- 53% sentem mais esperança que medo. Para 46%, é o contrário.
Na comparação com edições anteriores da pesquisa, observa-se 1 aumento dos sentimentos positivos e 1 decréscimo dos negativos:
Há preponderância de sentimentos negativos no grupo de mulheres de 16 a 24 anos.
Empresários estão mais otimistas: 80% afirmam ter orgulho do país, 72% se dizem esperançosos, 66% estão tranquilos, 62% se declaram animados e confiantes no futuro e 45% afirmam se sentirem seguros.
O grupo que aprova o governo Bolsonaro tem mais sentimentos positivos. Entre aqueles que consideram a gestão boa ou ótima, 80% sentem mais orgulho que vergonha do país e 75% se sentem seguros.
Os pesquisadores indicam que, quando o entrevistado ou algum conhecido foi diagnosticado com covid-19, os índices permanecem os mesmos que os gerais. Mas quanto menor o grau de adesão ao isolamento social, mais confortáveis os entrevistados se sentem em relação ao país.
BOLSONARO E ARMAMENTO
No dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro afirmou: “Eu quero todo mundo armado. Que povo armado jamais será escravizado”.
Pesquisa do Datafolha indica que 72% da população discorda da frase. Já 24% concordam com a frase e 2% não concorda, nem discorda. Outros 2% não souberam responder.
O levantamento também ouviu 2.069 pessoas por telefone nos dias 25 e 26 de maio e tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A declaração de Bolsonaro veio a público no dia 22 de maio, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello liberou a divulgação do vídeo da reunião. A gravação é parte de 1 inquérito que apura suposta interferência do presidente na PF.