5G e a destruição criativa de novos mercados

O Brasil está vivenciando a transformação dos negócios entre os meios físicos (lojas) e digitais (plataformas), essas que são altamente dependentes de qualidade de conectividade. O país tem muitos desafios de infraestrutura para superar, principalmente, em estados periféricos. Mas afinal, o que é o 5G? Qual o impacto da tecnologia para os brasileiros e os novos mercados? E quais as últimas informações sobre o lance com a China.

Nos anos 80 foi lançada a primeira rede móvel, ao qual chamamos de 1G, rodava em sistemas analógicos (celulares) tipo AMPS (Advanced Mobile Phone System) os primeiros celulares, esses que eram mais populares em carros devido ao seu alto custo e peso. A primeira rede móvel foi a 2G, desenvolvida e implementada na década de 90 e utilizava tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications), mensagens e fotos já eram possíveis nessa época. O 3G nasceu em 2001 e foi o responsável pela popularização da nternet’ móvel no mundo. Uma revolução, a partir dela houve a explosão, permitiu videoconferências, vídeos sem travamento, etc. A 4G veio com a Copa do Mundo e trouxe muitos benefícios para a população brasileira. 

A 5G é tão esperada, pois, ela irá “habilitar” a  Internet das coisas. Podem esperar algo 100x mais rápido que a 4G.A tecnologia de quarta geração é uma tecnologia móvel de transmissão de dados que foi criada com base no GSM e WCDMA. A diferença é que, dessa vez, a tecnologia prioriza o tráfego de dados em vez do tráfego de voz, como acontecia em gerações anteriores. Isso proporciona uma rede de dados mais rápida e estável e O 5G possui expressivamente maior velocidade e capacidade que as atuais tecnologias sem fios, assim como um tempo de latência muito inferior (dando às pessoas maior velocidade de download). Esta tecnologia será construída com base na atual 4G LTE com uma velocidade significativamente mais rápida e com a capacidade de suportar o grande aumento do número de dispositivos que requerem acesso à internet.  Podem esperar até 50 GB de ‘internet’ e acesso zero-rating (sem descontar da franquia) ao WhatsApp, Messenger, Facebook, Instagram e também Netflix e YouTube. Esse é o futuro. Mas, como falamos, o principal impacto é na composição da internet das coisas, na prática, tudo que tiver conectividade elétrica poderá ser automatizado. Imagine que você tem uma cafeteira elétrica e antes de plugar na tomada de energia, você conecta um dispositivo inteligente entre o cabo de energia da cafeteira e a tomada, os iPhones irão coletar dados de tempo de uso, consumo de energia elétrica e permitirá agendar ações para ligar automaticamente em dias e horários especificados, isso vai se popularizar, já é presente. 

Joseph Alois Schumpeter, economista e cientista político austríaco, possui um pensamento interessante que podemos fazer uma analogia com a 5G, “essa tecnologia realizará uma destruição criativa de novos negócios”, pode esperar o ‘drone’ bater na sua janela ou ativar um alarme para comunicar a chegada da sua comida, ou mesmo pode esperar o funcionamento de uma fábrica, sem nenhum funcionário presencial, isso mesmo, sem nenhum funcionário presencial.

O verdadeiro impacto do 5G  não se resume apenas em um  aumento de velocidade de download, mas ao surgimento de um conjunto de melhorias em diversos segmentos dependentes de Internet, desde a logística, telefonia, agronegócio e a  telemedicina. Os impactos são  amplos dentro de uma cadeia produtiva, pois abrange consumidores, produtores, fornecedores, assim, devemos considerar uma destruição criativa no seio da rede de infraestrutura global diante da transformação digital que avançará cada vez mais nas organizações, pois é crucial a rede 5G para evolução da conectividade global.

A vitória de Biden, com a transferência de tecnologia da Coronavac para o Butantan, está se aproximando à diplomacia entre o Brasil e a China. O governo federal acaba de publicar no Diário Oficial o Leilão do 5G, e o melhor é que não barrou a Huawei, empresa chinesa, e vamos esperar a revolução nos próximos capítulos. O Brasil tem pressa. 

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