Enviar e receber dinheiro a qualquer hora do dia e em todos os dias do ano. É com essa proposta que chega o novo serviço brasileiro de pagamentos instantâneo, o Pix. O serviço começa a funcionar nesta segunda-feira, 16, e, como é obrigatoriamente gratuito entre pessoas, já nasce com a promessa de substituir os tradicionais TED e DOC como ferramenta de transferência bancária.
Apesar da revolução prometida entre os pagamentos interpessoais, o pote de ouro do Pix está nas possibilidades de uso pelas empresas — reduzindo o custo com boletos e maquininhas.
Mas mesmo com as vantagens, nem todos os empreendedores brasileiros estão preparados para a novidade. Pesquisa da Stone revela que 32% dos pequenos lojistas não estudaram o Pix e se sentem despreparados. Outros 77% disseram que não sabem se estão prontos para receber ou realizar pagamentos a partir desta segunda.
O estudo foi feito entre os dias 4 e 6 de novembro, com a participação de 1.065 mil lojistas, de todas as regiões brasileiras, sendo 34% do varejo, 23% do setor de alimentação, 10% do comércio de roupas e acessórios, 7% em serviços de saúde e 16% de outros.
De acordo com a pesquisa, os empreendedores têm dúvidas sobre como usar o Pix, quais são seus custos e taxas, além de temer pela segurança e confiabilidade do novo meio de pagamento. Para Breno Maximiano, head de banking da Stone, essas dificuldades serão superadas conforme os consumidores forem adotando o Pix e o método ganhar popularidade.
Como pagar ou receber um Pix
Um usuário precisa de um smartphone ou computador para realizar operações com o Pix. Em agênias, caixas eletrônicos ou lotéricas, a depender da instituição financeira, também será possível realizar o Pix presencialmente.
Para transferir dinheiro pelo método, basta ler o QR Code, informar a chave do recebedor ou digitar os dados da conta manualmente. Na outra ponta, para receber um Pix, será preciso gerar um código no aplicativo do seu banco ou informar ao pagador sua chave do Pix.
As empresas terão uma função a mais, o Pix Cobrança. No serviço, a empresa emite um QR Code para pagamento imediato ou para cobranças com vencimento em data futura. Nessa modalidade, semelhante ao boleto, será possível definir valor, juros, multa e descontos.
Apesar de ser gratuito para pessoas físicas e microempreendedores individuais, o Pix é cobrado para empresas pelas instituições financeiras. Veja aqui mais informações sobre o novo serviço.