O Dia da Árvore ou do Meio Ambiente não deve ser somente um dia para se lembrar sobre plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho, mas um dia que nos faça repensar sobre nossas práticas ambientais e refletir sobre o impacto que causamos no meio ambiente pelo simples fato de poder respirar, comer, beber, ou seja, pelo simples fato de existir, Por isso, nascer, crescer e morrer nos remete ao consumidor pecador, e o consumo, na maioria das vezes, acaba sendo exacerbado e não apenas para suprir nossas necessidades básicas para viver.
Por conseguinte, não passamos incólumes na Terra e sempre deixaremos nossa pegada ecológica elevada para as presentes e futuras gerações.
Dessa forma, com o aumento de 700 casos novos de focos de queimadas no Brasil em relação à 2020 é preciso tomar uma decisão urgente sobre a preservação da Amazônia, do Cerrado e do Sertão senão o Pulmão do Planeta estará seriamente comprometido. É preciso entender que sem árvore haverá também um comprometimento da existência da humanidade, das plantas e dos animais. Por conta disso, não é somente uma data comemorativa, é uma questão de protelar nossa sobrevivência, inclusive, da nossa geração que teve seu sistema respiratório afetado pela COVID-19 e a fumaça agrava ainda mais as sequelas. Além disso, não atinge somente crianças e idosos, mas qualquer pessoa saudável.
Cabe salientar que é no Cerrado e no Sertão que se sente muito mais as consequências do descaso, do desmatamento e da destruição da nossa fauna e flora e a solução é tão simples. Basta menos ganância e egoísmo e mais fé, respeito e amor ao próximo. Sim, é preciso tomar um choque de realidade para entender que a culpa é nossa também quando por comodismo colocamos fogo no fundo do quintal, pois afinal é da cultura do Cerrado queimar as folhas secas que são levadas pelo vento. Afinal de contas, o vizinho que recolha sua roupa e feche sua janela para não inalar a fumaça. Pois ao fim e a cabo, é só uma fumaça, é só uma queimada para limpar o terreno para a plantação e quem se importa se isso afeta ou não o clima global e contribui para o aquecimento global, cujas consequências de nossas inconsequentes práticas causam o degelo e o aumento da temperatura na Terra. Ademais, não é tão fácil para um Tocantinense que já sente 40 graus Célsius à sombra, ter em dez anos que resistir à temperatura de 50 graus Célsius com sensação térmica de quase 70 graus.
Nesse sentido, de nada adianta países desenvolvidos, chamados antigamente de primeiro mundo, repassarem ao governo federal bilhões para proibir a fabricação e o uso do CFC que destrói a camada de ozônio, se o Ministério do Meio Ambiente não faz questão de governar levando em consideração nossa qualidade de vida, saúde, educação e de preservação de nossa espécie, das plantas e dos animais e não investe em pesquisas de caráter urgente para um substituto, por exemplo, do Brometo de Metila usado “de forma emergencial” no Brasil desde 2006. Mas afinal, o que tem haver a camada de ozônio com o aquecimento global e o desmatamento? Tudo, pois é o tal do equilíbrio ambiental salvaguardado por nossa Constituição Federal no seu artigo 225 que nos mostra que não existe fora no Planeta. E, nesse caso, é fácil imaginar o planeta dentro de uma redoma de vidro, cuja proteção é a camada é de ozônio e cujo efeito estufa do aquecimento global pode provocar também o rompimento dessa redoma o que poderá pôr em xeque a nossa existência.
O alerta está dado e é público e notório. Bilionários excêntricos já estão viajando pelo espaço sideral a fim de criar uma nova ARCA de NOÉ AÉREA do século 21 e, provavelmente, você não será o escolhido para a preservação da nossa espécie, contudo, será o responsável por nossa extinção, pois logo teremos um Planeta inerte e inóspito se não tomarmos uma atitude séria e enérgica para travar essa destruição que não leva nem ao menos em consideração que será triste demais futuros seres humanos não terem a oportunidade de desfrutarem da chance de viver essa graça divina chamada vida terrestre.
Eliane Cecilia Tochtrop
Professora de alemão e germanista
Bacharel em Direito
Lider do Comitê Sustentabilidade do Grupo Mulheres do Brasil
Representante de Energia Solar
Coordenação de delegações técnicas internacionais
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