POTÁSSIO
E então estamos novamente presentes, na Aula de Química e da Tabela Periódica, onde buscamos traduzir, na linguagem de nós pobres mortais, o que seria: POTÁSSIO.
“é um composto binário de um halógeno com um elemento ou radical mais eletropositivo”
E para nós pobres mortais, na vida prática o que isso significa.
Simplesmente, Potássio.
E na vida do dia a dia?
“Para demonstrar a importância deste mineral, veja algumas doenças causadas por falta de Potássio: distúrbios neuromusculares (cãibras, paralisias), aumento da pressão arterial.
Pode levar a riscos de derrame, pois também é necessário como regulador dos movimentos dos músculos e das batidas do coração.”(*)
(*)https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/potassio.
Mas também é de suma importância para o Agronegócio.
“Na forma de cloreto de potássio (KCl) e nitrato de potássio (KNO3) pode ser usado como fertilizante”
“O potássio é, de maneira geral, um dos nutrientes mais absorvidos pelas plantas. Ele está envolvido em muitas funções essenciais para o desenvolvimento das plantas, como:
Qualidade do produto agrícola;
Ativação enzimática;
Síntese proteica;
Fotossíntese;
Transporte de fotossintatos no floema;
Crescimento celular;
Regulação do potencial hídrico das células;
Amenização de estresses bióticos e abióticos.
Por isso, a nutrição com potássio é muito importante na hora de planejar o manejo agrícola da lavoura. Isso é particularmente relevante no Brasil, já que de acordo com a Embrapa, no estudo Aspectos relacionados ao mapeamento da disponibilidade de potássio nos solos do Brasil, boa parte dos solos brasileiros tem baixa disponibilidade desse nutriente.” (*)
A partir de então estamos diante de uma realidade. O Potássio é participe do nosso dia a dia.
No momento atual, e não é de chorar pelo leite derramado e nem pela morte da bezerra.
O Brasil quando se arvorou a ser o “big food producer”, esqueceu de um simples elemento: Compostos Químicos = ADUBO = para produzir. Desde o primeiro momento, quando o Brasil ouviu a célebre frase: PLANTE. QUE O BRASIL GARANTE. Não tínhamos a mínima ideia do que era esse “ brasilsão”. E nem do que teríamos pela frente. E estávamos na década de 1970.
Já são passados 52 anos, e ainda não nos preparamos para um dos componentes básicos, para esse vasto cardápio produtivo.
Somos considerados como uma das maiores e melhores empresas de Pesquisa Agropecuária do planetinha Terra. EMBRAPA.
Somo referência no cuidado com o Meio Ambiente. Somos referência em produtividade e somos…. Um montão de referência alimentar.
Mas não conseguimos sequer dar o famoso grito de independência: ADUBO QUÍMICO OU…CÁOS TOTAL.
Somos dependentes de Nitrogênio, Fósforo e Potássio, – NPK –
E lógico por qual razão nesses 52 anos, não nos preparamos para tal?
Difícil afirmar. A política brasileira, fez da PETROBRAS, um joguete imperdoável. Presentou a Bolívia com uma planta. Comprou uma unidade falida nos Estados Unidos. Fez parceria com um ditador venezuelano, para a construção da Usina Abreu Lima. Hoje na realidade não se sabe qual o custo final dessa Usina. Mas sabemos que se estivesse operando, provavelmente teríamos uma boa parte de NPK fabricado no Brasil.
Vamos por parte.
Potássio. A Bola da Vez. Nós temos condições de produzir? Temos matéria prima?
Resposta: “De acordo com o Informe Avaliação do Potencial de Potássio no Brasil – Área Bacia do Amazonas, setor Centro Oeste, Estado do Amazonas e Pará, até o momento, pode-se afirmar a existência de depósitos em Nova Olinda do Norte, Autazes e Itacoatiara, com reservas em torno de 3,2 bilhões de toneladas de minério, além de ocorrências em Silves, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Faro, Nhamundá e Juruti. Na região de Autazes, o minério pode ser encontrado a profundidades entre 650m a 850m, com teor de 30,7% KCl. Em Nova Olinda, a profundidade varia em torno de 980m e até 1200m, com teor médio de 32,59% KCl.” (https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/governo-descobre-potassio-uso-agricultura/)
NITROGÊNIO
O elemento “ N”, já sinaliza alguma luz no final do túnel.
“Neste mês, a Unigel, uma das maiores petroquímicas do país, realizou a inauguração da unidade de fertilizantes nitrogenados Unigel Agro Sergipe, antiga Fafen-SE.
Desde maio, a fábrica já está produzindo amônia e ureia. A unidade possui capacidade de produção anual de 650 mil toneladas de ureia, 450 mil toneladas de amônia e 320 mil toneladas de sulfato de amônio. Assim, a Unigel se torna a maior produtora nacional de fertilizantes nitrogenados.”
Um comentário sem maiores malícias: ““Nós temos jazidas no país. Tem uma jazida em Autazes, na Amazônia, que se fosse explorada, poderia suprir 50% da demanda interna nos próximos dez anos. E por que não acontece? Por questões de licença ambiental, tem reserva indígena, é na Amazônia. Ou seja, a burocracia brasileira”, afirma.
(*) https://www.canalrural.com.br/noticias/glauber-silveira-falta-de-fertilizantes/
FÓSFORO
E por fim nos deparamos com o elementos Fósforo.
Já é uma excelente notícia.
A Rialma Fertilizantes pretende investir cerca de R$ 60 milhões para produzir 160 mil toneladas de superfosfato simples (SSP) por ano no projeto Taipas, em Taipas do Tocantins (TO), a partir do ano que vem.
Finalizando.
Consumo de NPK, temos e com tendências a crescer.
“O Brasil gastou US$ 15,2 bilhões em importações de adubos e fertilizantes químicos em 2021, valor 90% maior que o gasto no ano anterior. Foi o produto mais importado entre os itens da categoria “indústria de transformação”, conforme dados da balança comercial brasileira, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pela área econômica da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O país adquiriu no exterior 41,5 milhões de toneladas de fertilizantes – incremento de 22% nas quantidades –, a preço médio de US$ 364,34 por tonelada, 56% acima dos valores pagos em 2020.”
E mais triste ainda.
“Enquanto o Brasil aumenta sua dependência de importação para suprir o mercado doméstico, unidades de fertilizantes instaladas no país permanecem desativadas. A FUP vem alertando sobre o fato desde que o governo atual começou a se desfazer das refinarias do sistema Petrobras e hibernar algumas unidades.
É o caso da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras no Paraná (Fafen-PR), em Araucária, fechada em março de 2020. Operando desde 1982, a Fafen-PR, adquirida pela Petrobras em 2013, era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.”
(*)https://monitormercantil.com.br/pais-gastou-us-152-bi-em-importacoes-de-fertilizantes-em-2021/
Cabe à classe produtora, defender seus interesses e pressionar as autoridades para nos tornarmos independentes, de alguns produtos essenciais, para a agropecuária.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal