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A importância do clima para o Agronegócio Tocantinense Parte I: Meio Ambiente x Clima

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Sustentabilidade, preservação ambiental e produção sustentável são palavras que deveriam estar em nosso vocabulário corriqueiro. Em plena semana do meio ambiente nos deparamos com um cenário estarrecedor do ponto de vista ambiental, a maior floresta tropical do mundo sendo agredida!

Não importa se o amigo leitor tenha visões liberais, conservadoras e ou ambientais sobre a importância da floresta Amazônica para o Mundo, América do Sul, Brasil e por que não, para o Tocantins.

No ensino fundamental nos ensinam sobre as massas de ar. As mesmas que influenciam os biomas e que ajudam a trazer as chuvas. E daí?

Daí que no Estado do Tocantins, mais de 90% do total das nossas chuvas estão associadas à atuação da massa equatorial continental (mEc), que é a massa de ar de aspecto quente e úmido originária da região central Amazônica.

Preocupou-se? Ainda não?

Estamos há 05 (cinco) anos consecutivos que a bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia fecha o período chuvoso (outubro a abril) com déficit, no melhor português, faltando água.

E se, essa dita massa de ar quente e úmida nos faltar?

Você ainda deve estar incrédulo, eu vou tentar te ajudar com perguntas, respostas e reflexões.

A primeira pergunta, por que as safras agrícolas continuam batendo recordes?  Fortuitamente, o aumento tecnológico para o agronegócio tem proporcionado benefícios e avanços imensuráveis para a agricultura, por exemplo, sementes adaptadas para todas as regiões do planeta, soluções minerais e nutricionais para todas as cadeias produtivas.

E depois, não menos importante, a pluviometria, que mesmo em períodos chuvosos onde ocorreram grandes atrasos de início e muitas irregularidades em termos quantitativos (espaciais e temporais), como nas safras 18/19 e 19/20 têm ajudado para tais feitos.

A segunda pergunta é, será que a Amazônia é isso tudo para o Brasil e o Mundo?

Como professor preciso exemplificar, lá vai!   Uma simples comparação entre duas localidades, o município de Palmas e o seu distrito Taquaruçu, equidistantes 50 km. Em Palmas, centro urbano, com poucas árvores, muito asfalto e bem recentemente, prédios relativamente altos e muitos espelhados. No distrito, vegetação exuberante, topografia de serra, pouca exploração imobiliária e rios.  Por obviedade, aonde que a temperatura do ar será menor?

Agora, extrapolemos! Sim, para a Floresta Amazônica e uma capital qualquer do nordeste ou sudeste brasileiro. Guardando as devidas proporções!

O que tem a ver a floresta amazônica com a crise hídrica de 2014—2016 na capital Paulista? A nossa memória climatológica, por vezes não nos ajuda. Quem ainda lembra? Provavelmente, que vivenciou tudo aquilo.

Um dos maiores climatologista brasileiro, para “ajustar” seu discurso quanto à importância deste bioma para o Brasil e América do sul em outras temáticas, afirma que, “a água que a floresta produz é pouca” e que os ventos alísios são os maiores responsáveis pela água que chega ao sudeste brasileiro.

Climáticamente, não está menos certo, tão pouco errado. Já ouviu falar em rios voadores? Mas, sugiro esta leitura, onde pesquisadores brasileiros respeitadíssimos pela comunidade científica internacional apresentam resultados significativos sobre o assunto.

Entendam, que na escala espacial dos fenômenos atmosféricos, em um mesmo MACROCLIMA, que são aqueles que atuam em escala regional ou geográfica (latitude, altitude/relevo, oceanidade/continetalidade, correntes oceânicas, massas de ar, composição atmosférica, etc.), podem ocorrer inúmeros MICROCLIMAS, como o nosso Taquaruçu.

Amigos a compreensão da importância do clima para a agricultura, necessariamente, deve contribuir para a adesão das práticas sustentáveis.

A discussão sobre a atual posição do clima em relação ao desenvolvimento regional do
Agronegócio é de extrema relevância, pois propicia bases sólidas para a construção do conhecimento e da reflexão crítica.

A propósito, qual é mesmo o valor da Floresta Amazônica em pé?

Continua…

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