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Em agenda apreendida pela PF, Heleno defende vacinação de Bolsonaro

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Uma anotação apreendida pela PF (Polícia Federal) mostra que o general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), defendeu que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tomasse a vacina contra a Covid-19 durante a pandemia.

Ele também registrou outras críticas ao governo na época: “Há um rombo na popularidade do presidente. [Ele] desdenha do vírus. Não tem gestão. Nada está bom”, diz a anotação na agenda de Heleno.

O caderno revela ainda que o então ministro estava atento ao avanço do vírus no Brasil. Nas 101 páginas analisadas pela reportagem, há diversas anotações sobre a quantidade de doses que chegavam ao país e o número de mortes, que, na época, ultrapassava 500 mil. Esse dado, registrado nas páginas apreendidas pela PF, indica que as anotações são de meados de junho de 2021.

Heleno, assim, se posicionou de forma distinta em relação ao governo Bolsonaro e ao discurso antivacina. O militar tomou sua primeira dose em março de 2021, no primeiro lote disponível, aos 73 anos — um ano após testar positivo para o vírus.

Bolsonaro, por sua vez, se posicionou publicamente contra a vacinação de pessoas que já haviam contraído a doença. “Eu não vou tomar, alguns falam que eu estou dando um péssimo exemplo. O imbecil, o idiota que está dizendo do péssimo exemplo… Eu já tive o vírus”, afirmou na época.

A agenda do general Heleno com essas anotações foi apreendida em fevereiro de 2024, durante a Operação Tempus Veritatis, que investigou uma suposta trama golpista. A análise desse material foi incluída no relatório da Polícia Federal.

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