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ADMINISTRAÇÃO – BOM SENSO E OUSADIA

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O livro dos Atos dos Apóstolos, logo no início do capítulo 6, mostra-nos que a quantidade de discípulos cresceu muito, e os apóstolos não conseguiam tratar de tudo. Fiéis de origem grega começaram a reclamar que suas viúvas não recebiam a mesma atenção que as de origem hebraica. Então os apóstolos convocaram uma assembleia, e disseram: “Irmãos, é melhor que escolham entre vocês sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. A proposta agradou a todos”.  Os escolhidos foram apresentados aos apóstolos, “que oraram e impuseram as mãos sobre eles”. (Atos, 6,1-3,6)

            Duas observações: Primeiramente para dizer que às vezes gosto de trazer passagens bíblicas para assuntos profissionais para mostrar que algumas novidades nem são tão novas assim, e também para convidar as pessoas a lerem a bíblia com os olhos no seu cotidiano: trabalho, família, relacionamentos profissionais, sociais. Em segundo lugar, para alertar que não se pretende aqui dissecar o tema administração de empresas, mas somente levantar a questão, alertar, sobretudo pequenos empresários, que não contam com grande estrutura profissionalizada.

            Nesta passagem bíblica encontramos princípios basilares da gestão empresarial, que não podem ser ignorados no nosso dia a dia: feedback, administração por objetivo, reengenharia, seleção de pessoas com perfil para a função e preparação da equipe.

  1. O feedback. Ouvir os seus públicos, tanto interno quanto externo

Do público, constituído por colaboradores, como se diz hoje, vem informações sobre os processos e procedimentos, o que pode ser melhorado, o que está emperrando o bom andamento, o que está provocando ruídos na comunicação, fatores que contribuem para queda na produtividade, e podem comprometer a “entrega”, de produto ou serviço que atenda muito bem seus públicos externos.

Do público externo, onde se encontram clientes e parceiros, vem importante informação sobre o relacionamento, o atendimento, e a qualidade do que você vende, seja produto, seja serviço.

Quando falamos em qualidade, não se pense apenas em produto bem acabado. É também cumprimento de prazo e de outros pontos acordados na negociação. É o próprio atendimento, o tratamento ao seu cliente. Há muitos produtos iguais ou semelhantes, como há produtos que substituem outro sem muita diferença nas propriedades. Por isso é necessário estar ‘antenado’ com as tendências e preferências. Normalmente, a pessoa tem objetivo de comer pastel, ou de lanchar algo que lhe dê satisfação? Se o atendimento não é bom ela pode deixar o pastel e preferir hamburguer, ou pamonha, e satisfazer o seu prazer do mesmo jeito.

Oficina mecânica há várias. Qual o diferencial para as pessoas preferirem a sua, retornarem e, mais ainda, recomendarem a um conhecido?

Ouvir parceiros, sejam fornecedores, prestadores de serviço, ou terceirizados, é fundamental, é fundamental para estreitar relacionamento em benefício do objetivo, que é atender bem o seu cliente.

Entre o público externo há também um importante: concorrente. Claro que não se vai acompanhar passo a passo o que o outro está fazendo, imitar, mas não se pode perder de vista o que está acontecendo à sua volta.

  • A Administração Por Objetivo – APO, cujo pai é o norte americano Peter Dracker, orienta no sentido de a empresa saber aonde quer chegar, ter objetivos claros e envolvimento do seu pessoal para alcançá-los.

É muito importante os colaboradores sentirem-se envolvidos na definição dos objetivos da empresa, no planejamento de ações, porque assim todos se sentirão comprometidos, com sua realização, com o atingimento de metas, e igualmente se sentirão gratificados ao ver que a empresa está crescendo, e cada qual ter a satisfação de ser parte integrante do todo, não apenas uma peça da engrenagem.

  • Métodos, processos, procedimentos não estão contribuindo satisfatoriamente para os objetivos? Entra a reengenharia, conceito formulado pelos norte-americanos  Michael Hammer e James Champy, em 1990, que consiste em alterar o que não está dando certo. Começar do zero, se for preciso, contanto que se corrija o que estorva, o que prejudica o trabalho, a imagem, a qualidade, e prejudica entrega de qualidade ao cliente, real objetivo da empresa.
  • Selecionar pessoas com perfil para cada função é o primeiro passo, mas, ainda assim, não se deve descuidar de que estas pessoas necessitam estar permanentemente preparadas, seja qual for a área de trabalho, técnico ou burocrático.

Sem dúvida, ainda há quem considere treinamento perda de tempo, mas a teoria consolida o conhecimento prático, e aprender-se com o conhecimento de outros apresenta muitas vantagens, porque aprender fazendo é mais demorado e consequentemente mais caro, além de poder levar a graves erros, como, por exemplo, estar realizando algo de modo mais difícil, oneroso.

Sobre preparação de colabores, lembro-me uma pequena estória: O dono de uma obra chegou à construção, sem se identificar, e perguntou a um dos pedreiros o que ele estava fazendo, e ele respondeu: “Levantando esta parede”. A outro fez a mesma pergunta e ouviu: “Estou ajudando a construir a sede de uma empresa”. Faz toda a diferença o trabalhador treinado, sabedor do que está fazendo, informado sobre o todo, e não apenas sobre uma parede que está levantando.

Cursos de graduação, pós-graduação, especialização e treinamentos estão cada vez mais acessíveis. Desde cursos à distância, como outros oferecidos pelo Sebrae, Senac, Senai e outras instituições.

Sem equipe treinada, motivada, envolvida dificilmente a empresa conseguirá boa produtividade e, acima de tudo, cativar clientes que a tenham como referência.

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