Renato Feder é escolhido ministro da Educação — falta oficializar
O presidente Jair Bolsonaro pode estar perto de anunciar o novo ministro da Educação. Bolsonaro já fez um convite a Renato Feder, secretário de Educação do Paraná.
Por telefone, a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC) informou que não tinha ainda informações oficiais sobre a escolha. A Secretaria Especial de Comunicação Social, responsável pela comunicação da Presidência da República, ainda não se manifestou.
Além de secretário no governo de Ratinho Júnior (PSD) no Paraná desde o ano passado, Feder é também empresário e sócio da empresa de tecnologia brasileira Multilaser, que ajuda a comandar desde 2003. Segundo consta em seu currículo, ele é formado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e em Economia pela Universidade de São Paulo (USP).
Feder já era um nome sobre a mesa desde a saída de Abraham Weintraub, que deixou o cargo há duas semanas. O empresário chegou a se reunir com Bolsonaro antes da escolha de Carlos Alberto Decotelli, anunciado na última quinta-feira, 25. Decotelli pediu demissão nesta semana, antes mesmo de tomar posse, depois de denúncias sobre incoerências em seu currículo.
Na ocasião, Feder terminou não sendo escolhido. Mas disse, em entrevistas, que aceitaria o cargo caso fosse chamado.
Segundo o Estado de S. Paulo, Bolsonaro, após escolher Decotelli, ligou para Feder para agradecer sua disponibilidade para o cargo e teria dito preferir alguém mais velho. Decotelli tem 70 anos e Feder, 42.
Segundo fontes, o presidente também não teria escolhido Feder em primeiro lugar por sua relação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O empresário doou 120.000 reais à campanha do tucano para prefeito de São Paulo, em 2016.
O empresário é bem visto por algumas alas do governo por sua proximidade com o setor empresarial e visão liberal.
A expectativa é que o anúncio oficial no MEC seja feito ainda nesta sexta-feira, 3. Na quinta-feira, 2, Bolsonaro chegou a dizer que “talvez eu escolha hoje o ministro da Educação”, mas não voltou a se pronunciar sobre o caso ontem.