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Polícia Federal investiga grupo criminoso suspeito de fraudes contra instituição bancária no sul do Tocantins

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28/11/2024) a “Operação X Ray”, com objetivo de desarticular organização criminosa dedicada à prática de fraudes contra a Caixa Econômica Federal-CAIXA, para a realização de saques milionários de valores relativos a precatórios judiciais no município de Gurupi/TO.

Estão sendo cumpridos 06 (seis) mandados de busca e apreensão, sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores em contas bancárias nos Estados do Tocantins, Acre e Santa
Catarina.

A investigação que contou com a cooperação da CAIXA, apurou que o grupo criminoso era
formado por três núcleos de atuação.

O primeiro era o núcleo externo, formado pelos advogados e outros suspeitos responsáveis
pela fraude documental como procurações, selos púbicos, contratos, assinaturas e pelo saque
do dinheiro.

O segundo era o núcleo interno, envolvendo funcionários importantes da CAIXA os quais, em
conluio com os agentes externos, viabilizavam a liberação do dinheiro. E o terceiro era o
núcleo da lavagem, responsáveis pelo branqueamento dos valores obtidos ilicitamente.

Os crimes vinham sendo executados a partir de obtenção de informações sobre decisões
judiciais favoráveis à liberação de precatórios. Após o saque de valores elevados, os suspeitos
passavam a ocultar ou dissimular sua origem ilícita, mediante lavagem de capitais,
beneficiando-se, direta ou indiretamente, do dinheiro obtido mediante crime.

O saque realizado na agência da CAIXA na cidade de Gurupi/TO foi no valor total de R$
20.861.350,56 (vinte milhões oitocentos e sessenta e um mil trezentos e cinquenta reais e
cinquenta e seis centavos), cujas legítimas beneficiárias eram empresas de Serviços Médicos
sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

Do montante sacado, a Caixa Econômica Federal, atendendo a uma ordem judicial
determinada pelo Juízo Federal do Rio de Janeiro, conseguiu recuperar a quantia de R$
15.330.257,93. Segundo apurado até o momento, os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam
R$ 5 milhões de reais.

Conforme informado pela CAIXA, o grupo cometeu outra tentativa de saque de precatórios,
nos valores de R$ 945.000,00 e R$ 300.000,00, no dia 28/03/2024, na cidade de Luís Eduardo
Magalhães/BA, utilizando-se do mesmo modo de agir.

Os suspeitos poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de peculato,
organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão e multa.

O nome da operação faz alusão à consoante X, símbolo da instituição financeira, a qual foi
vítima de prejuízo milionário, por meio de saque de precatórios obtidos de forma fraudulenta.

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