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Senador Eduardo Gomes defende equilíbrio entre inteligência artificial e emocional durante evento em Brasília

Nesta sexta-feira, 9, durante sua participação como palestrante no Lide Brasília, evento que reúne empresários e líderes políticos, o presidente do PL Tocantins, senador Eduardo Gomes, enfatizou que o uso produtivo da inteligência artificial (IA) está diretamente ligado à inteligência emocional e humana de seus operadores.

Relator do projeto de lei que institui o Marco Legal da Inteligência Artificial no Brasil, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Eduardo Gomes destacou os desafios para regulamentar a tecnologia. Segundo ele, o objetivo é criar um ambiente que garanta segurança e direitos, sem inviabilizar investimentos e inovações.

“Definir um ambiente que destrua o investimento, que freie a inovação, é um assunto bem desafiador e muito rápido. A gente tem esperança de colocar a primeira fase desse projeto ainda este ano e aguardar a análise da Câmara para ter esse desfecho no cenário ainda no primeiro semestre do próximo ano”, afirmou.

O senador frisou o caráter global da inteligência artificial, comparando sua amplitude ao impacto de viver em um mundo interconectado. “É como se a gente morasse em uma rua com 7 bilhões de habitantes, não há fronteiras para o desenvolvimento de tecnologia nessa dimensão”, destacou.

Impactos no mercado de trabalho

O senador Eduardo Gomes também abordou as transformações no mercado de trabalho provocadas pela IA. Ele chamou atenção para a necessidade de capacitar a população, de forma a reduzir os efeitos da substituição de postos de trabalho em alguns setores, enquanto outros são criados.

“A forma de trabalhar mudou, ela vem mudando. A inteligência artificial desloca empregos, tira a força de mão de obra em determinadas áreas do desenvolvimento econômico e, em compensação, cria novos empregos”, explicou o senador. Para ele, a regulação deve oferecer segurança às pessoas sem comprometer a capacidade de inserção no mundo moderno.

Regulamentação de cigarros eletrônicos

Outro tema abordado pelo senador foi a necessidade de regulamentar os cigarros eletrônicos, cuja expansão no país está associada ao contrabando e ao crime organizado. Segundo ele, é imprescindível oferecer às autoridades brasileiras ferramentas para regular a atividade, garantindo segurança e controle.

“O grande desafio do Congresso agora é como entregar às autoridades brasileiras condições de regulação, que ele [o cigarro eletrônico] existe e que está em todos os lugares”, afirmou. Ele explicou que o tema ainda será analisado por três comissões antes de chegar à votação no plenário.

O impacto da IA nas questões sociais e econômicas

O presidente do Lide Brasília, Paulo Octávio, destacou a relevância da inteligência artificial para transformar setores fundamentais da sociedade, como saúde, agricultura e produtividade empresarial. “O mundo vai mudar em todos os sentidos, vai mudar na facilidade das questões medicinais, da agricultura, vai mudar o comportamento de todos os profissionais de todas as atividades”, afirmou.

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