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UPM reúne parlamentares em Palmas para debater as necessidades e demandas dos países da América Latina e Mercosul

Neste primeiro dia do encontro, que segue até quarta-feira, 17, os membros representantes da União de Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul – UPM, vindos de estados brasileiros e de países da América Latina e Mercosul, como o Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai foram recebidos no plenário da Assembleia Legislativa pelo presidente da Casa de Leis deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos), pelo presidente da UPM pelo Brasil, deputado estadual Valdemar Júnior (Republicanos) e pelo vice-governador do Estado, Laurez Moreira (PDT).

O evento teve início com abertura de falas, onde na ocasião, o deputado Valdemar Júnior fez saudação à delegação. “Para nós é uma honra muito grande tê-los aqui conosco, neste momento de muito aprendizado para a troca de vivências e de experiências entre os parlamentares, durante a reunião ordinária da União de Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul”, disse.

“Sejam todos bem-vindos ao nosso Tocantins, que é desse jeito, terra quente, mais de uma gente que transforma todo esse calor, em um sentimento de amor e união para recebê-los de braços abertos, juntamente com a nossa Casa Legislativa, sob o comando e a tutela do nosso presidente deputado Amélio Cayres, que está nos dando todo o suporte necessário, para a realização deste importante evento”, afirmou.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres, fez a honra da Casa à comitiva. “Para nós é uma honra poder recebê-los aqui. Que nesses três dias de discussões, os senhores possam ter um bom proveito, e que possam extrair bons frutos de uma discussão de temas importantes. Que possamos trabalhar em prol da nossa sociedade tirando bom proveito desse encontro e dessa integração de países irmãos, colhendo frutos que possam cada vez mais, fortalecer a nossa gente”, destacou.

Em sequência, o vice-governador Laurez Moreira, destacou a importância da integração dos países da América Latina para tratar de assuntos de interesse das regiões. “É muito importante nós termos aqui representantes da Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai, tratando de assuntos de interesse para a nossa região. Nós sabemos que essa troca de experiência é muito importante para o desenvolvimento de todo o nosso continente. É necessário que o parlamento tenha essa preocupação em discutir e trocar suas experiências nas áreas da economia, meio ambiente, educação, cultura e saúde pública. Tenho certeza que as boas parcerias e discussões dos diversos parlamentos irão fortalecer os elos de ligação”, declarou.

Para o presidente da UPM, o Senador pela Província de Buenos Aires – Argentina Alejandro Cellillo, a assembleia ordinária é o momento que os representantes dos países da América Latina e do Mercosul tem para discutir as necessidades vivenciadas entre eles. “É um momento que temos de muito aprendizado para a troca de experiências entre os parlamentares. Os países da América Latina e do Mercosul precisam se unir para enfrentarem as suas necessidades. Essa integração vai fazer com que esses países cresçam e se fortaleçam. Assim como aconteceu com os países da União Europeia, que uniram suas fronteiras para fortalecer as políticas internas e externas, e favorecer o desenvolvimento sustentável com o um crescimento econômico equilibrado levando principalmente em consideração o desenvolvimento social”, disse.

Após as falas, o secretário de Estado da Fazenda do Tocantins, Júlio Edstron, destacou a importância do papel da UPM junto à integração dos países da América Latina. “A UPM tem um papel fundamental de pensar o Mercosul como um todo, como um dos agentes de transformação de todo o planeta. E nesse sentido, já destaco aqui, para a necessidade dos senhores parlamentares discutirem o acordo Mercosul e União Europeia. Porque nós podemos mudar o nosso mercado comum, de 200 milhões para 600 milhões de cidadãos, que vão integrar cada um dos países membros e cada um dos mercados”, analisou.

O secretário ainda acrescentou que para fortalecer a integração dos países, é preciso criar condições para que cada cidadão tenha o sentimento de pertencimento ao Mercosul. “Os senhores parlamentares possuem um papel fundamental nesse futuro. O papel de representar cada cidadão e cada cidadã que precisa conhecer melhor o Mercosul, para que possamos ter uma identidade em comum, uma identidade que respeite as particularidades de cada uma das províncias de cada um dos países. Criando condições para que cada cidadão tenha o sentimento de pertencimento Mercosul”, avaliou.

Ainda segundo Júlio, as Nações Unidas apontam que a América Latina é a região mais desigual em sistemas urbanos e que convive lado a lado com as maiores diferenças sociais. “América Latina é a região de cidades que convive com as maiores diferenças sociais. Ricos e extremamente pobres, aqueles que têm emprego e aqueles que convivem com desemprego estão lado a lado. E essa situação é humanamente impossível, porque as diferenças sociais dominam o cenário de produção e o cenário de circulação de pessoas. E essa realidade de sermos muito desiguais colabora com o sistema que nós temos. Inclusive com a necessidade de uma integração maior”, reforçou

O secretário aponta que é possível mudar a realidade dos pais com justiça fiscal e justiça social. A justiça fiscal quer dizer, como o estado deve arrecadar e utilizar bem os seus recursos.  Como o estado de direito existirá e prestará serviços essenciais como saúde, educação, transporte público e moradia. O nosso desafio é percebermos que somos um grande estado, em um enorme país, em um continente que precisa de alteração “, frisou o palestrante.

Júlio Edstron reforçou que para acabar com as diferenças sociais, é preciso que todos os países sigam para o único caminho, “O da inclusão social e de um crescimento sustentável. Um crescimento que agregue valor a só uma parcela da sociedade não vem dando certo nos últimos 500 anos. Então é preciso mudar essa realidade. E quem tem a voz e a possibilidade de alterar a lei é o Parlamento. Por isso, a força da UPM, por isso a condição de ouvirmos colegas que estão em todos os países membros, entendermos quais são os problemas comuns e principalmente, quais são as possibilidades reais de mudanças. O Mercosul precisa avançar passo por passo, tratado por tratado e cidadão por cidadã”, ponderou.

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