Entidades filiadas aos fóruns nacionais de servidores públicos reuniram-se nesta sexta-feira (24) e formalizaram uma contraproposta conjunta de reajuste salarial, que será discutida com o governo em reunião, na próxima terça-feira (28). Por essa razão, o Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) já está convocando os filiados a participar de Assembleia Geral Nacional Extraordinária (AGNE), na próxima segunda-feira (27), a partir das 14h. A ideia é que os filiados sejam ouvidos, para autorizar o Sindicato da categoria a prosseguir nessa negociação com o Governo, no âmbito do Fonacate e Fonassefe.
No último dia 16, o governo divulgou proposta de reajuste salarial linear de 7,8%, o qual entraria em vigor a partir de 1º de março de 2023. Nesse cenário, o vale-alimentação também seria reajustado em 43.6%.
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, destacou que a organização tem ciência dos limites orçamentários impostos no orçamento de 2023, mas ponderou que o percentual apresentado é “insuficiente para recompor as perdas acumuladas”, as quais, no caso dos auditores agropecuários acumulam-se desde 2017. Pontuou também a importância de se firmar um acordo em prazo mais breve possível, para que possam ser iniciadas as negociações setoriais, específicas de cada carreira.
Com o mesmo entendimento, o presidente do ANFFA Sindical, Janus Pablo, reforça, no caso do ANFFA, que a proposta apresentada pelo Governo realmente, não repõe as perdas da carreira, nos últimos sete anos. “Também vamos negociar nossa defasagem nas mesas setoriais de negociação, com foco na nossa carreira, e contemplando os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) aposentados”, esclareceu o presidente.
O Fonacate apresentou proposta de reajuste 13,5% em março, a ser pago a partir de 1º abril, mantendo o reajuste de 43.6% no vale alimentação. Além disso, pede que o governo firme acordo para equiparação dos benefícios com os valores percebidos pelos poderes Legislativo e Judiciário até o final da gestão do atual governo.
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) destacou ainda que demais reivindicações feitas pelos servidores não receberam resposta, como a revogação de diversos normativos, entre eles a retirada da Proposta de Emenda Constitucional nº 32, da Reforma Administrativa da pauta do Congresso Nacional.
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