Acadêmicos de Engenharia Civil da UnirG desenvolvem projeto de filtro com carvão ativado da casca de arroz
A primeira etapa de um projeto com solução sustentável e de forte impacto na preservação ambiental foi apresentada neste mês, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), dos acadêmicos de Engenharia Civil da Universidade de Gurupi – UnirG, David Dourado e Waléria Menezes. O projeto teve início em abril deste ano e contou com a parceria do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), campus de Palmas.
“O arroz é um grão de grande importância mundial, além de ser um alimento básico no cardápio da população, com valor nutricional. Ele agrega na economia, impulsionando o crescimento econômico local. A produção e industrialização do arroz, afeta o meio ambiente, com a geração de resíduos sólidos e descarte incorreto, sendo que a casca de arroz é um dos resíduos produzidos no beneficiamento do arroz”. A afirmativa foi defendida para a viabilidade do projeto, orientado pela professora Ma. Camila Ribeiro e coorientado pelo professor Dr. Marcelo Pedrosa, com o tema: “Adsorção de azul de metileno em carvão ativado produzido a partir da pirólise da casca de arroz”.
A estudante Waléria Menezes relatou que a pesquisa permitiu constatar que o material estudado resultou em grande eficácia, mostrando a capacidade de adsorção e eficiência. “Diante dos resultados alcançados e mediante a investigação realizada em diferentes etapas como: confecção da biomassa, planejamento experimental, caracterização do subproduto gerado por meio do processo de pirólise (transformação por aquecimento de uma mistura ou de um composto orgânico em outras substâncias) e adsorção (adesão de moléculas) do corante azul de metileno, as conclusões alcançadas foram que o baixo teor de material volátil e o alto teor de umidade da biomassa se encontram adequadas para processo de pirólise”.
O acadêmico David Dourado destacou que “o teste mostrou que com baixa quantidade de massa e concentração de corante azul de metileno, sua capacidade de adsorção continua com a mesma eficiência. Os dados obtidos indicam que o absorvente estudado possui um grande potencial de remoção do corante azul de metileno”, frisou.
Para a professora Camila Ribero “tivemos a etapa experimental, realizada com parceria do IFTO, de tabulação e análise dos resultados. Quando conseguimos fazer esse tipo de trabalho, com participação dos acadêmicos de maneira efetiva, unimos a parte de pesquisa ao ensino, além de incentivar os acadêmicos a entrarem para o campo da pesquisa com o objetivo de trazer retorno à sociedade”, afirmou a orientadora.
A próxima etapa do projeto já foi iniciada e consiste em testar o carvão ativado da casca de arroz para adsorver microplásticos presentes em água, considerados poluentes emergentes.
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