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Em agosto, IBGE prevê safra de 261,7 milhões de toneladas para 2022

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Em agosto, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar 261,7 milhões de toneladas, 3,3% maior que a obtida em 2021 e 0,7% abaixo da informação de julho. A área a ser colhida é de 73,0 milhões de hectares, 6,5% maior que em 2021 e 0,1% maior que o previsto em julho.

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O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 91,5% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida. Frente à 2021, houve acréscimos de 9,8% na área do milho (aumento de 7,7% no milho 1ª safra e de 10,5% no milho 2ª safra). A produção nacional de milho, em 2022, deve alcançar novo recorde. Também houve aumento de 17,7% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,7% na da soja e de 9,0% na do trigo. Por outro lado, houve queda de 2,6% na área do arroz.

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A estimativa de agosto para a soja foi de 118,8 milhões de toneladas e a do milho foi de 109,9 milhões de toneladas (25,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 84,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,6 milhões de toneladas; a do trigo em 9,7 milhões de toneladas e a do algodão, em 6,7 milhões de toneladas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para quatro Grandes Regiões: a Centro-Oeste (11,4%), a Norte (11,0%), a Sudeste (10,8%), a Nordeste (10,3%), e negativa para a Sul (-14,6%). Quanto à variação mensal, apresentou aumento a Região Norte (2,1%), enquanto as demais apresentaram declínio: a Centro-Oeste (-0,4%), a Sul (-1,3%), a Nordeste (-0,3%) e a Sudeste (-1,9%).

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,8%, seguido pelo Paraná (13,2%), Goiás (10,3%), Rio Grande do Sul (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (6,5%), que, somados, representaram 78,7% do total nacional. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,6%), Sul (25,1%), Sudeste (10,4%), Nordeste (9,7%) e Norte (5,2%).

Destaques na estimativa de agosto de 2022 em relação ao mês anterior

Em relação ao mês anterior, houve aumento nas estimativas da produção da batata-inglesa 3ª safra (6,3% ou 59 799 t), da cevada (3,3% ou 16 600 t), do café canephora (2,5% ou 26 796 t), do feijão 3ª safra (0,9% ou 5 825 t), do milho 1ª safra (0,4% ou 90 770 t), do trigo (0,2% ou 15 299 t), da aveia (0,1% ou 1 300 t), da soja 0,1% ou 61 266 t), do café arábica (0,0% ou 854 t), e declínio do sorgo (-8,6% ou -255 695 t), do milho 2ª safra (-1,9% ou -1 653 420 t), do feijão 1ª safra (-1,5% ou -16 288 t), da castanha-de-caju (-1,1% ou -1 352 t), do feijão 2ª safra (-0,7% ou -9 348 toneladas), da batata-inglesa 2ª safra (-0,5% ou -6 572 t) e da batata-inglesa 1ª safra (-0,2% ou -3 922 toneladas).

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 129,8 milhões de toneladas (49,6%); Sul, 65,6 milhões de toneladas (25,1%); Sudeste, 27,2 milhões de toneladas (10,4%); Nordeste, 25,4 milhões de toneladas (9,7%) e Norte, 13,6 milhões de toneladas (5,2%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Rondônia (273 222 t), no Acre (11 501 t), no Maranhão (9 991 t), no Rio Grande do Norte (4 829 t) e no Rio de Janeiro (7 t). As principais variações negativas ocorreram no Paraná (-865 300 t), em Goiás (-559 010 t), em Minas Gerais (-532 786 t), no Ceará (-70 185 t), em Alagoas (-24 753 t), no Espírito Santo (-30 t e no Piauí (-10 t).

BATATA-INGLESA

A oitava estimativa da produção da batata-inglesa, considerando-se as três safras do produto, foi de 3,9 milhões de toneladas, alta de 1,3% em relação a julho em função do crescimento de 1,6% no rendimento médio. Em relação à 2021, a estimativa da produção nacional de batata-inglesa caiu 4,6%. Minas Gerais é o maior produtor nacional, com uma produção de 1,3 milhão de toneladas, o que representa 32,9% do total.

A 1ª safra, que deve contribuir com 43,1% do total de batata a ser produzida no ano, apresenta um declínio de 0,2% frente ao mês anterior. A produção foi estimada em 1,7 milhão de toneladas. A 2ª safra, que representa 31,5% da produção total, foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, 0,5% menor que a estimativa de julho. A estimativa da produção da 3ª safra foi de 1,0 milhão de toneladas, crescimento de 6,3% em relação ao mês anterior.

 

 

CEREAIS DE INVERNO (em grão)

Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 9,7 milhões de toneladas, crescimento de 0,2% em relação ao mês anterior e aumento de 24,1% em relação a 2021, com o rendimento médio devendo alcançar 3 201 kg/ha, crescimento de 13,8%.

A estimativa da produção da aveia foi de 1,2 milhão de toneladas, com altas de 0,1% ante o mês anterior e de 13,8% em relação a 2021. Para a cevada, a produção estimada foi de 516,4 mil toneladas, aumento de 3,3% frente ao mês anterior e de 18,2% em relação à 2021. Os maiores produtores são Paraná e Rio Grande do Sul que representam 96,6% do total nacional.

FEIJÃO (em grão)

A estimativa da produção de feijão, considerando-se as três safras, foi de 3,1 milhões de toneladas. Essa estimativa é 0,6% menor que a do mês anterior. A produção é suficiente para atender ao consumo do mercado interno do País.

A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, decréscimo de 1,5% frente à estimativa de julho. Essa 1ª safra representa 36,1% do total de feijão produzido no País.

A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 0,7% frente à estimativa de julho. A área a ser colhida foi reduzida em 1,2%, enquanto o rendimento médio aumentou 0,5%, para 1 172 kg/ha. Esta 2ª safra representa 42,5% do total de feijão produzido no País, tornando-se, portanto, a principal.

Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 655,4 mil toneladas, aumento de 0,9% frente à estimativa de julho, com a área a ser colhida crescendo 2,8% e o rendimento médio diminuindo em 1,8%, para 2 778 kg/ha.

MILHO (em grão)

A estimativa para a produção de milho foi de 109,9 milhões de toneladas, declínio de 1,4% em relação ao mês anterior e alta de 25,2% ante 2021, ou 22,1 milhões de toneladas a mais. Diferentemente do ano anterior, em 2022, o clima contribuiu para as lavouras da 2ª safra, notadamente para o milho, em função do adiantamento da colheita da soja.

Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 25,8 milhões de toneladas, aumento de 0,4% em relação ao mês anterior. Em agosto, comparativamente ao mês anterior, houve crescimento nas estimativas de produção de Goiás (7,1%), do Rio Grande do Norte (15,1%) e de Rondônia (21,7%), e declínio no Paraná (-0,4%).

Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção foi de 84,1 milhões de toneladas, declínio de 1,9% em relação ao mês anterior, contudo um crescimento de 35,3% em relação a 2021, com aumento de 8,5% na área plantada e de 10,5% na área a ser colhida. O rendimento médio anual apresenta um crescimento de 22,5% (5 309 kg/ha). A produção brasileira de milho na 2ª safra é recorde da série histórica do IBGE, sendo resultado do aumento dos investimentos na cultura, motivada pelos excelentes preços do produto e pelo clima.

SOJA (em grão)

A produção nacional manteve-se em 118,8 milhões de toneladas, estimativa que representa aumento mensal de 0,1%, contudo retração de 11,9% em comparação a obtida no ano anterior, com queda de 15,9% no rendimento médio. Os impactos da prolongada estiagem nas regiões Centro–Sul refletiram na produção da soja brasileira em 2022. A área colhida também se manteve em 40,8 milhões de hectares, aumentos de 0,1% em relação ao mês anterior e de 4,7% na comparação com 2021. A participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas do País, em 2022, foi de 45,4%, o maior peso no grupo.

SORGO (em grão)

A estimativa da produção em agosto foi de 2,7 milhões de toneladas, queda de 8,6% em relação ao mês anterior. Houve redução de 9,0% no rendimento médio, enquanto a estimativa de área a ser colhida apresentou crescimento de 0,4% no comparativo. O rendimento médio foi de 2 710 Kg/ha.

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