O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou hoje que a aliança não tem a intenção de enviar tropas de combate à Ucrânia, em caso da invasão da Rússia. Durante entrevista à emissora britânica BBC, ele qualificou a Ucrânia como “um aliado”, mas o país não é parte da Otan.
Segundo Stoltenberg, a Otan está concentrada em apoiar a Ucrânia em sua “autodefesa” e também os membros da organização já deixaram claro à Rússia que haverá sanções pesadas, caso Moscou invada o território ucraniano. O secretário-geral disse que a Otan busca uma “abordagem equilibrada”, deixando claro que haverá sanções se for o caso, mas também almejando uma solução política no caso, para evitar uma ação militar.
Rússia
A Rússia afirmou neste domingo que deseja ter relações baseadas no “respeito mútuo” com os Estados Unidos e negou qualquer ameaça à Ucrânia, apesar de ter concentrado tropas na fronteira, ao mesmo tempo que destacou que precisa de garantias concretas para sua segurança.
Embora as tensões estejam no ponto máximo há meses entre Moscou e os países ocidentais a respeito da Ucrânia, as autoridades russas enfatizaram neste domingo que têm a intenção de seguir a via diplomática.
“Queremos relações boas, equitativas, de respeito mútuo com os Estados Unidos, como com todos os países do mundo”, declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, ao Canal 1 da Rússia.
“Aprendemos com uma experiência amarga, não queremos permanecer em uma posição na qual nossa segurança seja violada diariamente”, insistiu, a respeito da possibilidade de a Ucrânia aderir à Otan, algo que a Rússia considera uma ameaça existencial.