Os especialistas que vigiam a erupção do vulcão na ilha espanhola de La Palma, iniciada em 19 de setembro, alertaram nesta quarta-feira (13) que não parece que o fenômeno vai acabar em curto ou médio prazo.
“Agora mesmo, o nível de SO2 (dióxido de enxofre)” expelido pelo vulcão Cumbre Vieja “não nos permite ver que o fim da erupção está a um curto ou médio prazo”, afirmou em coletiva de imprensa María José Blanco, porta-voz do comitê científico do Plano de Emergência Vulcânica das Canárias (Pevolca).
Blanco não foi mais precisa. Outros especialistas afirmaram anteriormente que a erupção do vulcão, algo não visto nesta ilha do arquipélago atlântico das Canárias em cinquenta anos, poderia durar semanas ou meses.
“A atividade do vulcão não para e não parece que nos próximos dias poderemos observar uma redução da mesma”, disse o presidente do governo Pedro Sánchez, que realizou nesta quarta-feira sua quarta visita a La Palma desde que a erupção começou.
A poucos dias de cumprir quatro semanas da atividade do vulcão no domingo, a lava continuava descendo sem parar nesta quarta-feira.
O fenômeno não deixou vítimas, mas cobriu 640 hectares da ilha e destruiu mais de 1.400 edificações, 764 delas casas, afirmou Miguel Ángel Morcuende, diretor técnico do Pevolca.
Aproximadamente 6.000 pessoas tiveram que ser evacuadas nesta ilha de 85.000 habitantes, das quais várias perderam tudo pela lava.
O aeroporto de La Palma, que precisou fechar duas vezes devido à nuvem de cinzas, se manteve funcionando e as previsões meteorológicas estimam que continuará operando com normalidade ao menos nos próximos quatro dias, disse Miguel Ángel Morcuende.