O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira que o Investimento Direto no País (IDP) foi de US$ 4,5 bilhões em agosto, uma alta de 73% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o país estava em uma momento ruim da pandemia. Porém, na comparação com julho deste ano, quando o IDP somou US$ 6,1 bilhões, houve uma queda de 26,2%.
O Banco Central afirma que a comparação com os meses anteriores pode ser afetada por fatores sazonais. Ou seja, em certos meses do ano o IDP é historicamente maior ou menor por conta de uma variedade de elementos que compõem o processo de decisão de uma empresa, como a necessidade de fazer resultados na matriz no exterior, por exemplo.
Neste ano, já entraram US$ 36,2 bilhões no país, 14,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado (US$ 31,5 bilhões). A expectativa do BC é que o número chegue a US$ 60 bilhões este ano.
O IDP engloba investimentos duradouros no país, como a expansão da capacidade produtiva de uma fábrica ou investimentos em uma nova filial de uma empresa estrangeira. Por isso, depende que os investidores tenham segurança no momento de tomar as decisões.
Para setembro, a projeção do Banco Central é de entrada de US$ 5 bilhões.
Já em investimentos em carteira, que são mais voláteis e seguem as incertezas do momento, a entrada foi de US$ 1,2 bilhão em agosto, mesmo patamar de julho deste ano.
O número de agosto foi resultado da saída de US$ 170 milhões em ações e fundos e ingresso de US$ 1,4 bilhão em títulos de dívida.
Gastos com viagens
Tanto as receitas, quanto as despesas com viagens vem crescendo desde junho de 2021, apesar de registrarem níveis ainda abaixo do período pré-pandemia.
Os gastos de estrangeiros no Brasil em agosto foram de US$ 251,6 milhões contra US$ 194,4 milhões em maio, por exemplo. Já os gastos de brasileiros no exterior estão em US$ 447 milhões contra US$ 333,6 milhões em maio.
Esse movimento de alta indica uma retomada do setor do turismo globalmente, que acompanha o avanço da vacinação.