As importações de gás natural liquefeito (GNL) pelo Brasil devem atingir um recorde em setembro, mostraram dados da Refinitiv e da consultoria Kpler, em momento em que cargas dos EUA normalmente destinadas à Europa são desviadas para ajudar o país da América Latina a lidar com a escassez de energia.
A pior seca em quase um século em áreas de reservatórios afetou a geração das usinas hidrelétricas que normalmente fornecem quase dois terços eletricidade do Brasil.
O país, como resultado, voltou-se para o gás dos EUA para manter sua carga de eletricidade com a ajuda das termelétricas, e suas compras de GNL têm colaborado para conduzir os preços globais do gás a níveis recordes.
“A forte demanda do Brasil significa que há menos oferta de GNL para os terminais europeus”, disse a analista sênior de GNL na empresa de consultoria Kpler, Laura Page.
O armazenamento europeu de gás caiu para o nível mais baixo em pelo menos dez anos, fazendo os comerciantes competirem ferozmente pelo GNL antes da temporada de inverno no Hemisfério Norte. Preços na Europa e Ásia estão em níveis recordes.