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A Camada de Ozônio tem tudo a ver com o que os olhos não veem o coração não sente

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A Camada de Ozônio tem o dia 16 de setembro de 1987 como marco para lembrar que é um dos fatores de sobrevivência de toda a biodiversidade na Terra e que há 34 anos foi ratificado o Protocolo de Montreal sobre substâncias que destroem a camada de ozônio por 196 Países, sendo o Brasil um dos signatários.

Esse tratado internacional visa impor obrigações específicas sobre a progressiva redução da produção e do consumo das SDOs e com meta de sua total eliminação. Assim como, impor restrições, controle e fiscalização do comércio dessas substâncias, quais sejam: tetracloreto de carbono, tricloroetano, hidrofluorocarbonetos, hidrobromoflurocarbonetos e o brometo de metila, entre esses conhecemos o famoso vilão CFC que já não é mais fabricado no Brasil, porém, temos outro vilão, o brometo, que de um lado é super poderoso no combate a pragas e insetos e de outro destrói a camada de ozônio.


Essa camada de proteção filtra o excesso de radiação ultravioleta nociva aos seres vivos, não somente aos seres humanos, pois a vida no nosso Planeta depende dela, e se encontra bem próxima da Terra, especificamente na estratosfera em torno de uns 35 km de altitude e concentra mais de 90% das moléculas de ozônio – O3, moléculas que garantem nossa sobrevivência.


No entanto, graças à Ciência as autoridades mundiais foram alertadas nos anos 70 quando detectaram certas substâncias químicas que estavam destruindo uma maior quantidade das moléculas de ozônio devido à presença de substâncias químicas contendo átomos de flúor (F), bromo (Br) ou cloro (Cl), cujas emissões iniciaram em 1929, pós Revolução Industrial, emitidas por conta das atividades humanas. Entretanto, somente em 1985, algumas nações se preocuparam com os impactos ambientais e a Convenção de Viena formalizou um protocolo para a Proteção da Camada de Ozônio com a finalidade de reverter essa destruição e criando mecanismos de proteção.

Para quem hoje está com 60 anos, já passou mais da metade de sua vida acompanhando essa redução e tem conhecimento de que levará mais de 50 anos para sua recuperação. Portanto, não existe mágica para fazer desaparecer o que dentro do globo terrestre se produz, e ao fim e ao cabo, nascemos consumidores poluentes, ou seja, consumidores pecadores. Por isso, depende de cada um de nós fazer a nossa parte e dar a chance para que futuras gerações possam ter a oportunidade de serem agraciadas pelo milagre da vida.

Portanto, se seus olhos não veem essa destruição, seu coração começou a sentir o peso de sua escolha consciente a partir de hoje, pois para o pecado há perdão, desde que não seja por sua vontade própria.

Eliane Cecilia Tochtrop

Professora de alemão e germanista
Bacharel em Direito
Lider do Comitê Sustentabilidade do Grupo Mulheres do Brasil
Representante de Energia Solar
Coordenação de delegações técnicas internacionais

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