Em nota conjunta, os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores disseram que receberam a notícia “com surpresa e consternação”. As pastas afirmaram que não foram contactadas pelas autoridades sauditas e que não houve “apresentação de motivações ou justificativas que embasem as suspensões”.
“A informação consta apenas em nova lista de plantas brasileiras autorizadas a exportar, publicada hoje pela Saudi Food and Drug Authority (SFDA), que exclui os referidos estabelecimentos, previamente permitidos”, lê-se no comunicado.
Segundo o documento da SFDA, duas das unidades suspensas são da JBS Aves: a de Passo Fundo (RS) e de Montenegro (RS). As outras 5 são da Seara: Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Amparo (SP), Ipumirim (SC) e Caxias do Sul (RS).
A JBS disse, em nota, que procurou a autoridade sanitária saudita para entender a suspensão. “A produção antes destinada à Arábia Saudita já foi redirecionada para outros mercados”, falou a empresa.
O grupo Vibra Agroindustrial teve 3 unidades suspensas: Itapejara D’Oeste (PR); Pato Branco (PR) e Sete Lagoas (MG). A Agroaraçá, uma: Nova Araçá (RS).
A medida entra em vigor em 23 de maio. Os ministérios disseram que estão em conversas com autoridades da Arábia Saudita e da embaixada do país em Brasília,
“Caso se comprove a interposição de barreira indevida ao comércio, o Brasil poderá levar o caso à OMC [Organização Mundial do Comércio]”, declararam as pastas.
“O Brasil reitera os elevados padrões de qualidade e sanidade seguidos por toda nossa cadeia de produtos de origem animal, assegurados por rigorosas inspeções do serviço veterinário oficial. Há confiança de que todos os requisitos sanitários estabelecidos por mercados de destino são integralmente cumpridos”, afirmam os ministérios.